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Educação está refém de interesses corruptos, diz Tabata, que não crê em CPI

A deputada Tabata Amaral. Foto: Luis Macedo/Ag. Câmara. - A deputada Tabata Amaral. Foto: Luis Macedo/Ag. Câmara.
A deputada Tabata Amaral. Foto: Luis Macedo/Ag. Câmara. Imagem: A deputada Tabata Amaral. Foto: Luis Macedo/Ag. Câmara.

Camila Turtelli

Do UOL em Brasília

22/06/2022 14h42Atualizada em 22/06/2022 14h42

Conhecida por seu ativismo na área da educação, a deputada Tabata Amaral (PSB-SP) afirma que a área está refém de interesses corruptos no governo de Jair Bolsonaro (PL) e, por isso, não acredita na instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do MEC na Câmara, mesmo após a prisão do ex-ministro Milton Ribeiro, efetuada nesta quarta-feira (22).

"Infelizmente, com a quantidade de recursos que o governo liberou para ter maioria no Congresso, uma CPI na Câmara para investigar os escândalos do MEC é praticamente impossível. Mas não por isso vamos deixar de usar os instrumentos democráticos para pressionar uma investigação séria", disse Tabata ao UOL.

A prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e de pastores suspeitos de operar um balcão de negócios no Ministério da Educação e na liberação de verbas do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) reacendeu as tentativas de criação de uma CPI no Congresso, na manhã de hoje. Parlamentares que já vinham trabalhando na tentativa da criação de uma CPI

"Hoje a educação está refém de interesses corruptos, disfarçados de uma ideologia barata, e nós precisamos enfrentar isso", afirmou Tabata.

No Senado, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) tenta conseguir as duas assinaturas faltantes ao seu pedido de criação de CPI, feito em abril, para investigar denúncias de corrupção no Ministério da Educação. Já na Câmara, Rogério Correia (PT-MG) está com 75, de 171 necessárias.

Como mostrou a colunista do UOL Carla Araújo, a notícia da prisão caiu como uma bomba no núcleo de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) e também no Palácio do Planalto. Auxiliares do presidente ouvidos pela coluna classificaram a operação de Polícia Federal como "um desastre", "muito ruim" e "muito grave".