Quaest: 57% veem medidas para conter inflação como ação eleitoreira
Pesquisa Quaest, contratada pela Genial Investimentos e divulgada hoje, aponta que 57% dos eleitores avaliam que as medidas do governo federal para reduzir a inflação e preços são "apenas para ganhar a eleição", enquanto 38% julgam que se tratam de tentativas reais de Jair Bolsonaro (PL) de "melhorar a vida das pessoas".
A pesquisa questionou eleitores sobre medidas adotadas pelo governo nos últimos meses a fim de identificar a influência no voto na corrida ao Palácio do Planalto.
Os recortes foram apresentados para 2.000 entrevistados entre os dias 28 e 31 de julho, quando a Quaest também indagou os eleitores sobre suas intenções de voto. Na ocasião, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apareceu à frente na corrida eleitoral, com 44% das menções, seguido por Bolsonaro, que registrou 32%. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Entre os recortes, está o aumento do Auxílio Brasil, por exemplo, que irá para R$ 600 até o fim do ano. No geral, este fator "não faz diferença" na escolha do voto para 46% dos entrevistados, três pontos a menos que na pesquisa anterior; outros 28% indicaram que as chances de voto diminuem, e 24% afirmaram que elas aumentam, três pontos a mais que na edição anterior.
A Quaest também separou as respostas sobre o Auxílio Brasil entre as rendas dos entrevistados. A indicação de que o aumento do benefício "não faz diferença" no voto prevaleceu:
Em divulgação anterior desta edição da pesquisa, a Quaest indicou que a avaliação negativa do governo Jair Bolsonaro caiu de 53% para 39%, de janeiro a agosto, entre os beneficiários do Auxilio Brasil. O aumento de R$ 400 para R$ 600 começa a ser pago amanhã (9) para mais de 20 milhões de famílias, ou quase 56 milhões de pessoas.
Influência do ICMS
Quando o assunto é a redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), há uma divisão igualitária do eleitorado no cenário geral: para 33%, as chances de voto aumentam, mesmo percentual dos que não indicam diferença. Outros 31% dizem que a mudança diminui as chances. Como a margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, as diferentes respostas empatam tecnicamente.
Quando há a divisão por renda, as respostas para a diminuição do ICMS variam além da margem de erro. Em todas as faixas, há aumento para além da margem de erro nos que dizem que as chances de voto em Bolsonaro diminuem com a redução do imposto:
Segundo a Quaest, o índice de confiança da pesquisa é de 95%. A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-02546/2022 e custou R$ 139.005,86.
Medidas eleitoreiras
Na avaliação das medidas tomadas pelo governo para conter a inflação, que está em 11,89% no acumulado dos últimos 12 meses até julho, a Quaest também separou as respostas dos que pretendem votar em Bolsonaro, Lula ou outros candidatos.
Para 76% dos eleitores de Bolsonaro, as políticas para frear o aumento de preços são "tentativas reais do presidente de melhorar a vida das pessoas". Entre os que votam em Lula, 16% acham o mesmo, e a explicação é acatada por 27% dos que escolhem outros candidatos.
Julgam a medida como "apenas para ganhar a eleição" 22% dos votantes de Bolsonaro, contra 78% dos que votam em Lula e 68% dos que votarão em outros nomes.
Sobre o instituto
O Quaest é um instituto de pesquisas com sede em Belo Horizonte. Até 2020, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a empresa realizava pesquisas eleitorais só em Minas Gerais. Hoje, faz levantamentos sobre intenções de voto para presidente, governador e para o Senado em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia. O instituto tem uma parceria com a Genial Investimentos, a qual financia levantamentos para as eleições de 2022. As pesquisas são realizadas com entrevistas presenciais.
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