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Marco Aurélio diz que vota em Bolsonaro contra Lula: 'Buscou dias melhores'

Colaboração para o UOL

11/08/2022 10h51Atualizada em 11/08/2022 16h19

O ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello disse hoje ao UOL Entrevista que votará no presidente Jair Bolsonaro (PL) em um eventual segundo turno contra o ex-mandatário Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na avaliação do jurista, o governo federal buscou "dias melhores".

Não imagino uma alternância para ter como presidente da República aquele que já foi durante oito anos presidente e praticamente deu as cartas durante seis anos no governo Dilma Rousseff (PT). Penso que potencializaria o que se mostrou no governo atual e votaria no presidente Bolsonaro, muito embora não seja bolsonarista.
Marco Aurélio Mello, ex-ministro do STF, no UOL Entrevista

Marco Aurélio, que integrou o STF entre 1990 e 2021, também ressaltou a candidatura à Presidência da senadora Simone Tebet (MDB), mas disse que votará em Ciro Gomes (PDT) no primeiro turno, caso ele apareça como mais viável na disputa.

"Reconheço que ninguém conhece mais o Brasil do que Ciro Gomes. Eles, às vezes, é um pouco açodado na fala, [...], mas, paciência, creio que é um bom perfil."

Pesquisa do Instituto FSB contratada pelo banco BTG Pactual e divulgada na segunda-feira (8) aponta Lula liderando a corrida presidencial, com 41% das intenções de voto na apuração estimulada, seguido por Bolsonaro, que obteve 34%. Em seguida, aparece Ciro, com 7% das intenções, empatado tecnicamente com Tebet, que registrou 3%

Segundo a última pesquisa Datafolha, divulgada em 28 de julho, Lula tem 47% das intenções de voto na simulação para o primeiro turno da pesquisa estimulada. Bolsonaro tem 29%; Ciro, 8%, e Tebet, 2%.

Marco Aurélio apontou a escolha de ministros como ponto positivo do governo Bolsonaro. "Cito, por exemplo, a atuação, que é digna de elogio, do ministro da Fazenda, Paulo Guedes. Se formos realmente fazer um levantamento, vamos ver que houve práticas de atos positivos buscando dias melhores."

O ex-ministro do STF é primo do senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), ex-presidente da República que o indicou para ocupar a vaga no Supremo em 1990. Hoje, Collor é aliado de Jair Bolsonaro.

Encontro de Moraes e Bolsonaro

Durante a entrevista, Marco Aurélio Mello também comentou a escolha do atual ministro Alexandre de Moraes de entregar pessoalmente a Bolsonaro o convite para sua posse na presidência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

"Eu chamaria meu secretário-geral, e ele entregaria no Palácio do Planalto o convite, mas não levaria. Mas cada qual tem seu perfil, sua forma de proceder, e eu respeito a postura do ministro Alexandre de Moraes", disse.

A conversa de cerca de 50 minutos entre Moraes e Bolsonaro no Palácio do Planalto foi uma tentativa de apaziguar os ânimos entre os dois. Em um aceno pela paz, o presidente presenteou o ministro com uma camisa do Corinthians e prometeu comparecer à cerimônia.

Inicialmente, Moraes não tinha a intenção de entregar pessoalmente a Bolsonaro o convite para a posse. Interlocutores do presidente entraram em campo para dizer ao ministro que o presidente gostaria de ir à posse, como demonstração de respeito à Justiça Eleitoral, mas gostaria de ser convidado pessoalmente. Os emissários da mensagem foram os ministros Ciro Nogueira (Casa Civil), Paulo Guedes (Economia) e Fabio Faria (Comunicações).

Assista à íntegra do UOL Entrevista:

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