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Carlos publica foto que diz ser da perna de Bolsonaro com erisipela

Do UOL, em Brasília

04/12/2022 16h18Atualizada em 05/12/2022 12h39

O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos) publicou hoje (4) em seu canal no Telegram uma foto da perna do presidente Jair Bolsonaro (PL) com erisipela, uma infecção cutânea. Segundo o filho do presidente, a imagem é de "poucos dias atrás".

"A erisipela desenvolvida na perna do meu pai. Foto tirada de poucos dias atrás. Fui informado que nesta fase já estava em processo de recuperação e tudo corre muito bem", escreveu o filho do presidente. A publicação não permitia comentários de usuários.

A erisipela é uma doença infecciosa considerada mais comum em pessoas com problemas de circulação ou diabetes. A infecção se instala na parte mais profunda da pele e é caracterizada por placas vermelhas e doloridas. Em geral, o quadro se manifesta nas pernas —como no caso de Bolsonaro, segundo seu filho.

Procurada, a assessoria do Palácio do Planalto não comentou a publicação do filho do presidente. O governo federal não se manifestou oficialmente sobre o assunto — a ONG Transparência Eleitoral Brasil chegou a cobrar maior clareza na divulgação de informações sobre a saúde de Bolsonaro.

Post do Carlos Bolsonaro - Reprodução / Telegram - Reprodução / Telegram
4.dez.2022 - Post divulgado pelo vereador Carlos Bolsonaro sobre o estado da perna do presidente Jair Bolsonaro, que tem erisipela
Imagem: Reprodução / Telegram

Desde as eleições, Bolsonaro tem se mantido em silêncio e afastado de agendas públicas. Inicialmente, aliados do presidente afirmavam que isso se devia à erisipela, mas como mostrou o colunista do UOL Chico Alves, amigos do mandatário demonstram preocupação com o comportamento de Bolsonaro.

"Ele acreditava que haveria alguma mudança no quadro político, em razão das manifestações à porta dos quartéis e nas rodovias, mas acho que percebeu que não tem jeito", opinou um amigo do presidente que esteve com ele no último fim de semana, na formatura de cadetes da Aman (Academia Militar das Agulhas Negras), no Rio, e que mantém contato frequente por telefone.

Durante o encontro, o vice-presidente e senador eleito Hamilton Mourão incentivou Bolsonaro a falar com "o seu povo", mas o presidente saiu sem conversar com apoiadores. A proximidade da diplomação de Lula (PT) como presidente eleito piorou o quadro de Bolsonaro, segundo apurou o UOL.

Segundo pessoas próximas, a antecipação da diplomação de Lula, marcada para 12 de dezembro, fez Bolsonaro ficar ainda mais abatido. "À medida que a mudança de governo se aproxima, ele nota que a situação é irreversível", disse um político que esteve recentemente com o presidente.

O isolamento do presidente também se reflete no ambiente virtual. Como mostrou o UOL, em novembro, Bolsonaro publicou três vezes no Instagram e quatro no Twitter e Facebook, além de ter abandonado as tradicionais lives de quinta-feira.