Topo

Esse conteúdo é antigo

Dias discorda de Dino e defende separação entre Justiça e Segurança Pública

O senador eleito Wellington Dias (PT), que coordena na equipe de transição de Lula as tratativas em torno do novo Orçamento - TON MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
O senador eleito Wellington Dias (PT), que coordena na equipe de transição de Lula as tratativas em torno do novo Orçamento Imagem: TON MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL*, em São Paulo

06/12/2022 14h06Atualizada em 06/12/2022 14h12

O ex-governador do Piauí e senador eleito Wellington Dias (PT) defendeu, durante participação em um evento hoje do jornal O Globo, que os ministérios da Justiça e da Segurança Pública sejam separados em diferentes pastas no próximo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O entendimento de Dias difere do que pensa o apontado para assumir a pasta —o senador eleito Flávio Dino (PSB-MA), ex-governador do Maranhão.

  • Segundo Dias, a separação seria importante para discutir a segurança pública sem deixar o assunto totalmente a cargo dos estados.

A pessoa que comanda o primeiro comando da capital no Piauí, por exemplo, está presa em Campinas, em São Paulo. Isso é uma realidade no país. Defendo, e o Fórum dos Governadores também defende, que tenhamos uma área para cuidar com total prioridade do tema da segurança
Wellington Dias

Dino já era tratado como garantido em um ministério pelo próprio petista ainda durante a campanha eleitoral. Em setembro, o agora presidente eleito havia dito: "Flávio Dino que se prepare. Vai ser eleito senador, mas não será senador muito tempo porque vai ter muita tarefa nesse País".

O ex-governador do Maranhão já tem cumprido um agenda de ministro e participado de reuniões cotidianamente com Polícia Militar, Polícia Federal e secretários estaduais de Segurança Pública, além de acompanhar Lula em reuniões com ministros do STF.

Papel das Forças Armadas. Outro nome cotado para compor a equipe ministerial de Lula também falou no mesmo evento. O governador da Bahia, Rui Costa (PT), favorito para assumir a Casa Civil, destacou ser preciso "recolocar" as Forças Armadas "em seu papel constitucional".

Em sua avaliação, por muitas vezes a "democracia foi ameaçada" mais por uma incitação do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), do que das Forças Armadas.

"Neste período recente, as demonstrações de interferências muitas vezes participaram mais do próprio presidente, incitando e convidando as Forças Armadas a interferir, do que as próprias instituições", analisou Costa.

*Com informações do Estadão Conteúdo