Na avaliação do colunista do UOL, o novo presidente apresenta uma postura oposta à do seu antecessor, que teve uma atuação tímida à frente do governo desde a derrota nas eleições e viajou aos Estados Unidos antes de concluir o mandato.
"Começou trabalhando, diferentemente do governo que a gente tinha, que abandonou não fazendo nada, fugindo", disse Tales Faria, durante participação no UOL News Especial, que acompanhou a cerimônia de posse de Lula (PT) hoje.
Tales Faria se refere ao "revogaço" promovido por Lula horas após ser empossado como presidente da República. O petista também liberou o pagamento do Auxílio Brasil e deu posse aos seus 37 ministros.
Além disso, o novo presidente mirou os sigilos impostos por Jair Bolsonaro (PL) e despachou para que a Controladoria-Geral da União reavalie a questão —o prazo de análise é de 30 dias.
O que diz o decreto de armas
- Suspende registro de novas armas de CACs (Caçadores, Atiradores e Colecionadores);
- Barra a autorização de novos clubes de tiro até a publicação do novo regulamento;
- Reduz de seis para três armas o número de armas para o cidadão comum;
- Proíbe a prática de tiro desportivo para menores de 18 anos;
- Reduz acesso a armas e munições;
- Autoriza porte de arma apenas a quem comprovar necessidade;
- Ordena que todas as armas adquiridas a partir do decreto n° 9.785, de 2019 (do governo Bolsonaro), sejam recadastradas, em 60 dias, no Sinarm (Sistema Nacional de Armas);
- Cria grupo de trabalho sobre o tema.
Além do decreto de armas, Lula assinou decretos e medidas para:
- Liberar o pagamento de R$ 600 do Auxílio Brasil, que será rebatizado de Bolsa Família;
- Definir a estrutura da Presidência e de ministérios;
- Prorrogar por 60 dias a isenção de impostos nos combustíveis;
- Indicar para que os ministros enviem propostas de desestatização da Petrobras, Correios e EBC (Empresa Brasil de Comunicação);
- Medidas de combate ao crime ambiental.
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