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Em manifesto, OAB reitera apoio à democracia

Conselho Federal da OAB convidou entidades civis a assinarem o "Manifesto em Apoio ao Estado Democrático de Direito" - OAB
Conselho Federal da OAB convidou entidades civis a assinarem o 'Manifesto em Apoio ao Estado Democrático de Direito' Imagem: OAB

Colaboração para UOL, em São Paulo

26/01/2023 18h31

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) reiterou, nesta quinta-feira (26), o apoio à democracia e convidou entidades civis a assinarem o "Manifesto em Apoio ao Estado Democrático de Direito".

O texto afirma que "em tempos de agressões reiteradas às instituições e da tentativa sistemática de fragilizar a democracia brasileira, que se materializaram nos atos violentos de 8 de janeiro, é urgente uma união nacional, tendo como norte o fortalecimento do regime democrático".
Ainda segundo o manifesto, divergências ideológicas e de opinião não devem ser confundidas com os "intoleráveis ataques violentos" que colocam a democracia em risco.

A OAB declara que a união nacional em busca do fortalecimento do regime democrático é "urgente". "Para isso, é essencial a defesa do STF e de suas competências constitucionais, com o respeito ao devido processo legal, à ampla defesa e à presunção de inocência".

O presidente da entidade, Beto Simonetti, fará a leitura do documento na sessão de abertura do Ano Judiciário no próximo dia 1º, às 10h, no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF).

Leia abaixo a íntegra do documento:

Manifesto em apoio ao Estado Democrático de Direito

Os representantes da sociedade civil que subscrevem o presente Manifesto vêm a público reafirmar seu apoio incondicional ao Estado Democrático de Direito e à Constituição. Nesse contexto, o Supremo Tribunal Federal (STF) tem exercido papel fundamental para a consolidação da democracia e para a efetivação dos princípios e garantias dos cidadãos brasileiros. É preciso defender e preservar o STF como instituição vital para a democracia no Brasil.

A liberdade de expressão e de crítica estão entre os valores mais caros ao Estado de Direito. Divergências ideológicas e de opinião são próprias da democracia e devem ter vez no debate público, mas não se confundem com os intoleráveis ataques violentos que põem em risco a própria democracia. Não há uma liberdade para cometer crimes e não é possível tolerar atos que atentem contra a democracia e a própria liberdade.

Em tempos de agressões reiteradas às instituições e da tentativa sistemática de fragilizar a democracia brasileira, que se materializaram nos atos violentos de 8 de janeiro, é urgente uma união nacional, tendo como norte o fortalecimento do regime democrático. Para isso, é essencial a defesa do STF e de suas competências constitucionais, com o respeito ao devido processo legal, à ampla defesa e à presunção de inocência.

É preciso rechaçar os retrocessos e os ataques contra o Estado Democrático de Direito. É chegada a hora de pacificação da sociedade e da união de todos em prol da construção de uma sociedade livre, justa, fraterna e solidária.