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Ameaçadas de morte em SC, vereadoras do PT e PCdoB procuram a PF

Maria Tereza, antes da cassaçao, durante sessão na Câmara Municipal de São Miguel do Oeste - Reprodução Facebook
Maria Tereza, antes da cassaçao, durante sessão na Câmara Municipal de São Miguel do Oeste Imagem: Reprodução Facebook

Do UOL, em Sâo Paulo

10/02/2023 15h04

A cassação da vereadora de São Miguel do Oeste (SC) Maria Tereza Capra (PT), na última sexta-feira, desencadeou uma série de ameaças de mortes contra quatro vereadoras de outras cidades catarinenses que manifestaram apoio a ela.

Ontem, as parlamentares entregaram e-mails com as mensagens à Polícia Federal durante reunião com a superintendente em Florianópolis.

Maria Tereza encaminhou ao UOL Notícias algumas mensagens recebidas. Há ameaças a ela e seus familiares.

"Cassar seu mandato é só o primeiro passo. Vou cassar sua vida depois, [xingamentos]. (...) tem que morrer de pancada você e sua família [xingamentos]."

"Seus dias e os dias de sua família estão contados", diz outra mensagem de ameaça.

A Polícia Federal informou que vai analisar o material na tentativa de identificar quem enviou as ameaças. Neste processo, será avaliado se houve crime e se estes delitos devem ser investigados pela PF ou pela Polícia Civil, que já está apurando o caso.

Além de Maria Tereza, as parlamentares ameaçadas foram:

  • a vereadora de Florianópolis Carla Ayres (PT);
  • a vereadora de Criciúma Giovana Mondardo (PCdoB);
  • a vereadora de Joinville Ana Lúcia Martins (PT);
  • a vereadora de Brusque Marlina Oliveira (PT).

A série de ameaças começou na semana passada, quando o processo de cassação de Maria Tereza seria julgado pela Câmara Municipal de São Miguel do Oeste. Vereadoras passaram a fazer manifestações de solidariedade e apoio e receberam ameaças.

Maria Tereza informou que vai recorrer da cassação. O processo foi aberto porque manifestantes que não aceitavam o resultado da eleição e fechavam rodovias federais que passam por São Miguel do Oeste esticaram seus braços durante o protesto.

A ex-vereadora comentou que parecia uma saudação nazista. A declaração levou a abertura de processo porque ela estaria difamando a população da cidade. Maria Tereza reclama porque quatro vereadores que votaram pela perda do cargo estavam na manifestação.