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11 meses

'Salles não teria visibilidade sem circo da CPI', diz coordenador do MST

Do UOL, em Sâo Paulo

25/05/2023 12h21Atualizada em 25/05/2023 14h36

O coordenador nacional do MST, João Pedro Stedile, afirmou que a CPI sobre o MST instaurada na Câmara dos Deputados tem objetivo eleitoreiro de parlamentares da direita. Ele foi o convidado de hoje no UOL Entrevista, com apresentação de Fabíola Cidral e participação dos colunistas Chico Alves e Leonardo Sakamoto.

"A direita perdeu o Executivo, com a vitória do Lula, que derrotou as correntes fascistas. Porém, pelas mazelas do nosso sistema eleitoral, ela se incrustou no Legislativo e está transformando o Congresso brasileiro numa trincheira contra qualquer mudança e política social progressista."

"Nós nos envolvemos diretamente na campanha do Lula. Então eles miraram em nós para atingir o governo, para atingir a esquerda (...) E, ao mesmo tempo, se protegerem de seus próprios crimes, haja vista que muitos dos deputados que já se inscreveram para estar na CPI estão também envolvidos nos atos do 8 de janeiro."

Stedile também afirmou que o objetivo de parlamentares da oposição é "eleitoreiro" e que querem "armar um circo" para obter visibilidade midiática a fim de se impulsionarem nas futuras eleições.

Ocupações do MST

Stedile foi questionado sobre o número de ocupações do movimento que aconteceram desde o início do ano. Ele citou o Abril Vermelho como uma "jornada de protesto contra a impunidade" em razão do Massacre de Eldorado do Carajás, em que 21 trabalhadores rurais foram assassinados pela Polícia Militar do Pará em 1996.

Ele também comentou que a redução de ocupações do MST durante o governo Bolsonaro se deu pela pandemia de covid-19 e o receio de integrantes por conta da "campanha de ódio" contra o movimento.

"Durante o governo Bolsonaro, as ocupações diminuíram. Não significa que o problema tenha sido resolvido, pelo contrário, permaneceram acampadas 80 mil famílias."

"O período em que houve mais assentamentos foi durante os governos Sarney e Fernando Henrique. E por que houve mais assentamentos? Porque foi o período em que houve mais ocupações. Só há assentamento no Brasil se as famílias se organizam e ocupam."

Confira a íntegra do UOL Entrevista: