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Pimenta diz que postagens da Secom são baseadas no 'tema do dia'

Do UOL, em São Paulo

07/06/2023 12h53

O ministro chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, comentou sobre as críticas à comunicação do governo Lula e as postagens com alfinetadas em adversários políticos. Ele foi o convidado de hoje do UOL Entrevista, conduzido pelo colunista Tales Faria e o repórter Leonardo Martins.

O ministro falou sobre as publicações de contas oficiais do governo que alfinetaram Bolsonaro durante os casos de falsificação de cartões de vacinação e das joias da Arábia Saudita. Segundo ele, as postagens são feitas de acordo com o "tema do dia" que é mais discutido nas redes sociais.

"Nós temos que ter uma criatividade, uma inteligência, para aprender uma nova lógica de comunicação que faz com que o governo não possa ignorar o tema que a sociedade tá debatendo naquele dia."

"Eu tenho procurado evitar uma linguagem um pouco mais apimentada, mas evidentemente que às vezes a gente tem que ter um pouco de ousadia para saber aproveitar o momento e conseguir dialogar com mais gente."

"Bolsonaro será um fenômeno parecido com Collor"

Pimenta afirmou que considera que acontecerá com os eleitores bolsonaristas o mesmo que ocorreu com os eleitores do ex-presidente Fernando Collor e de líderes totalitários, como Adolf Hitler e Francisco Franco.

"Aqui no Brasil, daqui a alguns anos, as pessoas vão ter vergonha de dizer que votaram no Bolsonaro. Na medida em que ficar mais claro para a sociedade quem é o Bolsonaro e tudo que ele fez contra o Brasil, as pessoas vão ter vergonha de vincular a sua imagem a uma figura tão nefasta quanto ele."

Lives de Lula

O ministro afirmou que "se tudo ocorrer bem", a primeira live do presidente Lula ocorrerá na próxima semana.

"O presidente não é uma figura que só fala em live, diferente do Donald Trump ou do Bolsonaro. Eles não falavam com a imprensa, então a live deles era uma forma de comunicação direta, mas também uma forma de demonstrar desprezo pelo jornalismo profissional."

"O Lula fala em pronunciamentos, em atos, no quebra-queixo. Então a live é complementar, muito mais como uma ação nossa do que propriamente uma necessidade de o Lula falar."

Investigação sobre kits de robótica


O ministro também comentou o caso envolvendo o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que investiga a compra de kits de robótica superfaturados em Alagoas. Ele defendeu o ministro da Justiça, Flávio Dino, da acusação de Lira sobre a responsabilidade da operação da Polícia Federal.

"É uma fábula alguém imaginar que um ministro da Justiça possa interferir, nem no sentido em que uma determinada operação ocorra, nem que ela não ocorra."

"A Polícia Federal tem por dever funcional executar uma decisão do Poder Judiciário, normalmente a pedido do Ministério Público."

Confira a íntegra do UOL Entrevista