Atos de Bolsonaro foram como 'combustível' para 8/1, diz Silvio de Almeida
Para o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Luiz de Almeida, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve ser responsabilizado por "desestabilizar a democracia". O julgamento de Bolsonaro no TSE, que pode resultar na inelegibilidade do ex-presidente, será retomado amanhã (27).
O que aconteceu
Almeida disse que os atos cometidos pelo ex-presidente foram cruciais para desestabilizar a democracia brasileira e o "imaginário social sobre a democracia brasileira". "O que foi um combustível para os atos de 8 de janeiro", afirmou.
O ministro afirmou que "Bolsonaro tem um encontro marcado com a Justiça brasileira. Ele, que também é professor, participou hoje de um evento do Instituto dos Advogados de São Paulo, no centro de São Paulo.
Em seu discurso, ele destacou a importância da valorização da democracia e da participação da sociedade nos processos políticos. "Quando falo de democracia falo sobre a participação efetiva das pessoas nos processos políticos. As pessoas serem ouvidas na construção do seu próprio destino. Não é possível que duas ou três pessoas ou um homem decida sobre o futuro de todo o país sem ter de prestar contas por isso."
A descredibilização sistemática da democracia brasileira, do processo eleitoral, as declarações de total desprezo à vida humana, tudo isso faz com que o funcionamento da democracia brasileiro dependa de uma responsabilização exemplar do ex-presidente que muito contribuiu para que vivêssemos um momento sombrio da história brasileiras.
Luta contra o racismo e combate à desigualdade
Almeida afirmou que o racismo e o combate à desigualdade são pautas prioritárias para o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. "O racismo é um processo em que ocorre que chamo de desumanização. Você rebaixa outras pessoas para que elas sejam consideradas pessoas de segunda classe e isso tem uma série de efeitos socioeconômicos. O racismo tem um papel importante não só a legitimação, mas na organização da desigualdade social."
Ele criticou a naturalização do racismo. "É normal ver as pessoas [negras] morrendo, as pessoas sendo assassinadas, as pessoas morando em lugares conflagrados e isso não toca nossos corações."
O ministro disse ainda que a pasta deve lançar nos próximos meses um pacote de medidas para a população em situação de rua. "Vamos recriar o conselho que reúne pessoas em situação de rua para que elas possam participar da formulação das políticas públicas e dos processos."
A advogados, Almeida ressaltou que a advocacia brasileira deve apoiar a economia e as empresas nacionais. "A devastação da economia nacional, das empresas nacionais é péssima para a advocacia brasileira. A advocacia tem de se colocar contra a pobreza. É uma questão de sobrevivência à advocacia brasileira."
Precisamos construir a saída jurídica e nos posicionar para a superação da desigualdade no Brasil. Segurança jurídica é a estabilidade do povo brasileiro, as pessoas saberem que vão ter o que comer todos os dias e o que vestir.
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