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PSOL aciona PGR e Conselho de Ética após fala de Eduardo sobre professores

Do UOL, em São Paulo e Colaboração para o UOL, em Salvador

10/07/2023 11h52Atualizada em 10/07/2023 19h17

Os deputados federais Guilherme Boulos e Sâmia Bomfim - ambos do PSOL - acionaram, respectivamente, o Conselho de Ética da Câmara e a PGR (Procuradoria-Geral da República) contra uma fala do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Ele comparou professores a traficantes.

O que aconteceu:

Sâmia pediu que a PGR apure possíveis crimes contra a liberdade acadêmica e de abuso na liberdade de manifestação, que causaria danos coletivos aos professores brasileiros.

Boulos anunciou pelas redes sociais que vai apresentar uma representação no Conselho de Ética da Câmara. "Esse insulto a todos os professores brasileiros não pode ficar impune!", escreveu.

O UOL tenta contato com o deputado federal Eduardo Bolsonaro. Caso haja resposta, o texto será atualizado.

Outros pedidos

Os deputados do PT, Rogério Correia (MG) e Beatriz Cerqueira (MG), acionaram o Ministério Público Federal para que seja aberta uma investigação contra Eduardo, pelos possíveis crimes de calúnia, difamação e incitação ao crime, em "em discurso extremista de ódio durante um ato armamentista em Brasília".

A deputada federal Luciene Cavalcante (PSOL-SP) enviou uma notícia-crime e uma queixa-crime ao Supremo Tribunal Federal sobre as falas de Eduardo. Ela argumentou que o parlamentar fez "verdadeiro discurso de ódio contra professores".

Eduardo Bolsonaro:

O deputado Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, participou de um ato pró-armas em Brasília ontem, quando comparou "professores doutrinadores" a traficantes de drogas.

O ato foi organizado pelo grupo "Pró Armas", que defende a flexibilização do porte e da posse de armas para cidadãos comuns, na Esplanada dos Ministérios, próximo à sede do Congresso Nacional.

"Não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar e levar os nosso filhos para o mundo do crime. Talvez até o professor doutrinador seja ainda pior", disse Eduardo fazendo um discurso em cima de um carro de som durante ato.