Sem Salles e PT, veja quais são os pré-candidatos à Prefeitura de SP
A disputa pela Prefeitura de São Paulo nas eleições de 2024 já conta com pelo menos quatro pré-candidatos.
Veja quais pré-candidaturas já foram divulgadas — ainda que os partidos estejam em articulação:
Guilherme Boulos (PSOL)
O atual deputado federal é hoje o único nome dentro do PSOL apontado para concorrer à prefeitura. Com 2 milhões de votos, Boulos foi o segundo colocado na disputa de 2020 e firmou acordo com o PT em 2022 para receber apoio do partido. O combinado era que Boulos desistiria de sua candidatura para apoiar a candidatura de Fernando Haddad ao Palácio dos Bandeirantes; em troca, o PT não lançaria um nome em 2024 para ficar ao lado do líder do MTST.
A aliança do PT com o PSOL foi confirmada no sábado (5) e os petistas indicarão o vice de Boulos. Um dos nomes cotados é o da professora e pesquisadora Ana Estela Haddad, secretária nacional de Saúde Digital do governo federal e esposa de Haddad.
É a primeira vez que o PT não terá um candidato a prefeito em São Paulo desde 1985. Além dos petistas, membros de partidos como a Rede já sinalizam apoio a Boulos.
O caminho natural da Rede é programático e a candidatura de Boulos na Federação Rede/Psol representa hoje a maior possibilidade de vitória do campo progressista. O partido está trabalhando para apresentar pontos essenciais da agenda que reflitam a transversalidade da Sustentabilidade e do combate as mudanças climáticas para essa candidatura na maior cidade do país.
Marco Martins, porta-voz do diretório municipal da Rede Sustentabilidade, em nota enviada ao UOL
Kim Kataguiri (União Brasil)
O deputado federal é pré-candidato do MBL (Movimento Brasil Livre), mas não é consenso dentro do União Brasil. Kataguiri venceu, em julho, as prévias realizadas pela organização — que não é um partido político e portanto não pode registrar candidatura oficialmente. No União Brasil, fontes negaram que o nome dele já tenha sido escolhido.
A tendência é que o União Brasil apoie o atual prefeito. O partido fez parte da coligação que elegeu Bruno Covas (PSDB) em 2020 e levou Nunes ao cargo em 2021, após a morte do tucano. À época, a legenda ainda se chamava Democratas, que deu origem ao União Brasil após fusão com o PSL em 2021.
Tenho convicção de que vou conseguir a legenda. A percepção do partido de que Nunes não tem salvação aumenta ao longo do tempo.
Kim Kataguiri, deputado federal
Ricardo Nunes (MDB)
Atual prefeito da capital paulista, Nunes deve tentar a reeleição. Um jantar realizado em fevereiro reuniu apoiadores da candidatura — como Valdemar Costa Neto, Gilberto Kassab e Ciro Nogueira, presidentes nacionais do PL, PSD e PP, respectivamente. Eles discutiram o potencial de uma frente de centro-direita em São Paulo, conforme noticiou o UOL à época
Jair Bolsonaro (PL) deve apoiar Nunes. O ex-presidente almoçou com o prefeito ontem. Nunes já disse que ter Bolsonaro como aliado seria "ótimo". Podemos e União Brasil também devem compor a base aliada de Nunes em 2024 — assim como o PSDB, que está rachado, mas deve apoiá-lo.
Esse era o compromisso do Bruno Covas e o diretório vai respeitar. É a melhor opção para São Paulo.
Fernando Alfredo, presidente do diretório municipal do PSDB
Ricardo Salles queria ser candidato do PL, mas desistiu por falta de apoio interno. No começo de junho, o ex-ministro do Meio Ambiente disse que sua legenda não valoriza políticos que mais tiveram votos em São Paulo e criticou a aproximação entre Nunes e Bolsonaro.
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Quero receberTabata Amaral (PSB)
A deputada federal é a pré-candidata pelo PSB para o ano que vem. Ela foi reeleita no ano passado para a Câmara dos Deputados.
Integrantes do PSDB tentaram filiar Tabata ao partido ou formar chapa com o PSB. Para o presidente do diretório municipal tucano, essa possibilidade não existiria, já que, em 2020, nas eleições municipais, a deputada apoiou Márcio França no primeiro turno e depois Boulos no segundo.
Nos nossos levantamentos e em pesquisas já publicadas, Tabata aparece na frente do atual prefeito e irá para o segundo turno.
Márcio França (PSB), ministro de portos e aeroportos e ex-governador de São Paulo
Prazos oficiais
Os nomes dos eventuais candidatos só devem ser oficializados no ano que vem, conforme calendário da Justiça Eleitoral.
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