Análise: Lula terá consequências eleitorais se ignorar diversidade no STF
A cientista política Graziella Testa avaliou que Lula pode até sofrer consequências eleitorais se não promover a diversidade em suas próximas indicações ao STF (Supremo Tribunal Federal) e também ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Se não escolher ninguém com essas características, Lula precisará prestar contas e certamente vai sofrer as consequências, inclusive eleitorais se não o fizer. A questão é que o Lula se coloca em uma posição confortável, mas ele poderia se utilizar desses momentos para colocar em prática a cena dele subindo a rampa do Palácio em sua posse junto a diferentes setores da sociedade. Graziella Testa, cientista política
Em participação no UOL News, Graziella avalia que o bom trabalho exercido por Rosa Weber é mais um argumento para convencer Lula a escolher uma mulher como nova ministra do STF. A cientista política ressaltou a histórica falta de diversidade em cargos do alto escalão do Judiciário, e que o presidente tem a oportunidade de selar um compromisso visto em sua cerimônia de posse.
Nesse momento em que a ministra Rosa Weber se aposenta e com essa visão pública positiva do que ela fez, há novos argumentos para justificar a presença de um mínimo de mulheres nesse espaço de decisão. Pensando sob o ponto de vista do racismo estrutural do Brasil, é uma questão ainda mais séria ver a falta de diversidade de pessoas que ocupam esses assentos do Supremo. Graziella Testa, cientista política
Segurança pública é calcanhar de Aquiles de Lula, diz cientista política
Embora seja bem avaliado em áreas como economia e educação, o governo Lula patina na questão da segurança pública, como se verifica na letalidade policial na Bahia. A avaliação é da cientista política Graziella Testa, para quem o governo federal deveria colocar o combate ao crime organizado como uma de suas prioridades ao centrar suas preocupações sobre o tema.
O governo Lula é mal avaliado pela população nessa questão da segurança pública, enquanto em outros aspectos ganhou bastante apoio desde as eleições, como educação e economia. A questão da segurança pública é o calcanhar de Aquiles do governo. Graziella Testa, cientista política
Josias: CPI tem triste fim com militares blindados e governo desinteressado
Ao analisar a reta final da CPI do 8/1, Josias de Souza lamentou o seu desfecho "melancólico". O colunista apontou o desinteresse do governo Lula e a ausência de militares do alto escalão envolvidos nos atos golpistas como fatores cruciais para as investigações da comissão apresentarem resultados aquém do esperado.
Há por trás uma grande operação para blindar oficiais das Forças Armadas e um desinteresse do governo de levar esta CPI até as últimas consequências. Estamos a duas semanas do encerramento da CPI e a comissão vive um epílogo melancólico. A relatora [Eliziane Gama] e o presidente [Arthur Maia] estão no mesmo barco, mas cada um rema em uma direção. Josias de Souza, colunista do UOL
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