Cappelli sobre ameaça a Lula: 'Incentivar crimes nas redes é inaceitável'
O ministro da Justiça em exercício, Ricardo Cappelli, afirmou em entrevista ao UOL News nesta quarta (27) ser "inaceitável" incentivar crimes nas redes sociais, em referência à suposta ameaça sofrida por Lula no X (antigo Twitter).
Não é aceitável que as pessoas utilizem as redes sociais para incentivar crimes, principalmente que dizem respeito às autoridades do Brasil. Liberdade de expressão não se confunde com liberdade para praticar crimes. O que é crime no mundo real também é no virtual.
Não se pode ir às redes e ficar incentivando vaquinha para comprar rifle de precisão para acertar o presidente da República e achar que isso é normal. Esses crimes de incentivo à violência e de ódio nas redes precisam e devem ser tratados na forma da lei. Ricardo Cappelli, ministro da Justiça em exercício
Cappelli explicou que encaminhou ontem um pedido à Polícia Federal para apurar a suposta ameaça ao presidente. O ministro em exercício disse que a PF "tem o tempo da investigação" para identificar o autor da mensagem e responsabilizá-lo pelo ato.
A investigação está agora a cargo da Polícia Federal, que dará procedência à investigação, como sempre faz, de forma técnica e profissional, buscando identificar eventual prática de crime e responsabilizar quem o praticou. Tenho certeza de que a PF fará um trabalho de excelência, como ela tem feito. Ricardo Cappelli, ministro da Justiça em exercício
Cappelli: 8/1 será dia de celebração democrática; não há nada que gere preocupação maior
Ao comentar sobre o ato que marcará um ano do 8 de janeiro, Cappelli disse não haver até o momento "qualquer informação que gere preocupação" para a realização da cerimônia em Brasília. Para o evento, que contará com presença maciça de autoridades, o ministro em exercício reiterou que haverá segurança reforçada e que será um dia de "celebração democrática".
Até o momento, não temos nenhuma informação que gere preocupação maior. Esse é um monitoramento diário e as inteligências. Será um dia histórico, de celebração do fortalecimento da democracia brasileira e das instituições. (...) Haverá reforço [na segurança]. Teremos as principais autoridades do Brasil no ato, mas até o momento, nada excepcional. Ricardo Cappelli, ministro da Justiça em exercício
Kennedy: Caso de Gayer mostra urgência de discutir imunidade parlamentar
O caso envolvendo o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), condenado pela Justiça do Trabalho por assédio eleitoral, comprova a necessidade de se discutir a imunidade parlamentar, analisou Kennedy Alencar. O colunista reforçou que as atitudes do parlamentar ajudam a alimentar a disseminação do ódio e, por isso, devem ser combatidas com rigor.
Esse deputado é uma figura abjeta. É racista, usa fake news... Deputados desse tipo têm que levar o Congresso a rediscutir os limites da imunidade parlamentar, que não pode servir de escudo para o cometimento de crimes. Considero uma das piores figuras do Congresso nacional. É uma figura desprezível, que não merece crédito e nem nossa atenção. Só a condenação pela forma como atua na política. É esse tipo de gente que estimula o ódio na política, o preconceito e ajuda a aumentar a violência no debate público no Brasil. Kennedy Alencar, colunista do UOL
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