Tarcísio demite militar alvo de operação da PF que também mirou Bolsonaro

O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) demitiu o major da reserva Angelo Martins Denicoli do cargo de assessor especial da Prodesp, empresa de tecnologia de São Paulo. Ele foi um dos alvos da operação da Polícia Federal sobre o suposto plano de golpe de Estado.
O que aconteceu
O desligamento aconteceu na segunda-feira (12), informou a Prodesp ao UOL.
Denicoli já havia sido afastado da função na semana passada.
Ele foi alvo de mandado de busca e apreensão, segundo o jornal Folha de S.Paulo. O major teve o passaporte retido e foi proibido de se ausentar do país e de manter contato com os demais investigados, inclusive por meio de advogados.
Denicoli é apontado como integrante do núcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral do suposto grupo criminoso investigado.
Operação da PF
A PF deflagrou na última quinta-feira (8) a Operação Tempus Veritatis, cuja tradução no latim é "hora da verdade". A ação mira uma suposta organização criminosa que tentou dar golpe para manter Jair Bolsonaro (PL) na Presidência.
Bolsonaro é um dos alvos da operação. Os agentes foram à casa do ex-presidente em Angra dos Reis (RJ) para recolher o passaporte dele. Como o documento não estava no local, foi dado o prazo de 24 horas para a entrega. O passaporte foi apreendido no início da tarde, em Brasília.
A operação ocorreu com base na delação do tenente-coronel Mauro Cid e em outras provas coletadas pela PF ao longo da investigação.
No dia seguinte à operação, o ministro Alexandre de Moraes retirou o sigilo de um vídeo apreendido. Na gravação, Bolsonaro diz, sem provas, que haveria um acordo secreto do Tribunal Superior Eleitoral que "estaria passando por cima da Constituição. "Eu vou entrar em campo usando o meu Exército, meus 23 ministros", diz.
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