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CPI da Braskem: Governo pressiona, petista ganha relatoria e irrita Renan

Senador Renan Calheiros (MDB-AL) decidiu deixar a CPI da Braskem após recolher assinaturas para ela Imagem: Pedro França/Agência Senado

Do UOL, em Brasília

21/02/2024 17h28Atualizada em 21/02/2024 17h28

Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Braskem, indicou o senador Rogério Carvalho (PT-SE) para ser o relator da investigação. A escolha irritou o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que decidiu deixar o colegiado.

O que aconteceu

O governo Lula trabalhava contra o nome de Renan para o cargo. Mais cedo, a reunião que definiria o nome para conduzir o inquérito foi adiada por falta de acordo —o emedebista não queria ceder.

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O objetivo do Palácio do Planalto era emplacar um nome que não fosse de Alagoas. Carvalho é de Sergipe e um aliado de Lula.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e seu grupo político também pressionaram contra Renan. Na reunião, o senador disse: "Mãos ocultas, mas visíveis, me vetaram na relatoria".

Interlocutores do governo trabalhavam para derrubar a CPI. O presidente Lula tentou um acordo, ainda em dezembro, com as autoridades envolvidas no caso. No entanto, não surtiu efeito.

Adversários políticos ficaram na mesma sala em uma reunião com clima tenso. O petista reuniu Renan e o governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), seu aliado; além de Lira e o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL).

A CPI vai investigar o rompimento de uma mina em Maceió. Renan foi o responsável por recolher as assinaturas para o inquérito no Senado.

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