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Advogada de Bolsonaro assume defesa de Silvinei e pede revogação da prisão

Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da PRF Imagem: Pedro França - 20.jun.2023/Agência Senado

Do UOL, em São Paulo

20/03/2024 16h08Atualizada em 20/03/2024 16h18

A advogada Karina Kufa, que representa o ex-presidente Jair Bolsonaro em processos, assumiu a defesa de Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF.

O que aconteceu

Revogação da prisão. Nesta quarta-feira (20), Karina voltou a pedir ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, a revogação da prisão preventiva de Silvinei, segundo documento obtido pelo UOL. O processo tramita em sigilo.

A advogada pede a substituição da prisão preventiva por outras medidas cautelares. "Como forma de se assegurar ao requerente, ao menos, a proximidade com seus familiares, na sua cidade natal, ainda que condicionada ao cumprimento das restrições a serem fixadas por Vossa Excelência", justifica.

No pedido, defesa ressalta que o ex-diretor da PRF está preso preventivamente desde agosto do ano passado. O documento diz que a Polícia Federal ainda não informou, durante o processo, se testemunhas já foram ouvidas, o que prejudica o argumento de que a prisão é necessária para que Silvinei não atrapalhe as investigações.

Advogada também defende que Silvinei tem bons antecedentes criminais e residência fixa. Além disso, segundo Karina, "não há como se cogitar, diante da notoriedade do caso, risco de fuga ou de eventual reiteração da prática delitiva".

Não parece razoável que, passados seis meses, a Autoridade Policial não tenha tido tempo suficiente para colher os depoimentos daquelas testemunhas que, no seu entendimento, estariam sujeitas a uma coação exercida pelo ora requerente [Silvinei]. E que se consigne: nesse ínterim, o paciente em nada contribuiu para a demora da investigação, sempre direcionando seus requerimentos ao Exmo. Ministro
Advogada Karina Kufa

Entenda o caso

Ex-diretor da PRF está preso desde agosto de 2023. A PF deflagrou uma operação para investigar suposto uso da máquina pública para interferir nas eleições 2022.

Os mandados da operação foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Segundo a PF, integrantes da PRF supostamente direcionaram recursos para dificultar o trânsito de eleitores em 30 de outubro, dia do segundo turno das eleições, sobretudo no Nordeste, região em que o então candidato Lula (PT) teve maioria dos votos no primeiro turno.

Moraes já negou solicitações anteriores para revogar a prisão preventiva de Silvinei. Defesa também tentou transferência do Complexo Penitenciário da Papuda para o Núcleo de Custódia do Batalhão Militar do Distrito Federal, mas Justiça negou.

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