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Festa do PT tem 'companheiro Alckmin', Dirceu e ingressos a até R$ 20 mil

Festa de 44 anos do PT teve selfies com Lula de papelão Imagem: Lucas Borges Teixeira / UOL

Do UOL, em Brasília

21/03/2024 08h28Atualizada em 21/03/2024 15h18

Militantes, apoiadores e até deputados faziam fila na entrada de um centro de convenções em Brasília para tirar foto com o presidente Lula (PT)... de papelão. O Lula real também apareceu, pouco depois, e a competição por selfies foi ainda mais acirrada, durante a festa de 44 anos do partido ontem.

O que aconteceu

O evento reuniu o presidente, parte dos ministros e medalhões do PT do passado e de hoje, com samba e uísque. Com show da sambista Teresa Cristina, a festa foi aberta por Lula, com direito a parabéns e bolinho no palco, e as velas sopradas por ele.

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Os convites foram vendidos por R$ 350, R$ 5.000 e R$ 20 mil. A contribuição foi feita apenas por pessoas físicas, com pagamento via Pix.

Todos os 500 convites disponibilizados foram vendidos —outros tantos foram distribuídos. A festa serve como meio de arrecadação para o partido.

Lula voltou a falar sobre Gaza e citou o caso Daniel Alves. Em fala rápida, antes do jantar, o presidente saudou o partido, voltou a chamar o conflito na Faixa de Gaza de genocídio e criticou a fiança para o jogador Daniel Alves, condenado por estupro na Espanha.

Bastidores

O vice Geraldo Alckmin, durante festa dos 44 anos do PT Imagem: Lucas Borges Teixeira / UOL

"Companheiro Alckmin". Se Lula era a grande atração, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), tucano por três décadas, também ganhou destaque. Ele chegou cedo, pouco depois das 20h, e também foi disputado por selfies e apertões, chamado de "companheiro Alckmin", brincadeira em referência ao termo usado por Lula na campanha de 2022. A união entre os dois também foi celebrada pelo presidente no discurso.

Medalhões do governo Lula 1, como Dirceu e Delúbio. Além dos ministros da gestão atual, a festa foi polvilhada pelos medalhões do primeiro mandato de Lula. José Dirceu, ex-Casa Civil, era uma celebridade entre os petistas, e Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, desfilava feliz com uma camiseta do partido e chapéu panamá.

Lula de papelão. Quem chegava ao centro de convenções na Asa Sul se deparava com três reproduções do presidente em tamanho real. Filas foram formadas, com os convidados "fazendo o L" ao lado do fake petista. Quando Lula chegou, como um popstar, a atenção voltou-se toda para ele: disputa para abraços, selfies, "olê olê olê olá" e gritos de "eu te amo".

Nísia acolhida. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, chegou tímida. Alvo da crítica mais contundente de Lula na última reunião ministerial, foi "acolhida" pelos militantes ao transitar pela festa. Ganhava beijos, fotos e falas sutis de apoio, mas não quis chegar perto da imprensa.

Samba e uísque. A festa foi animada. Com mesas lotadas, não faltou comida e a bebida (cerveja, uísque e drinks), servidas até 0h30, quando o telão já exibia clipes de pagode e rock dos anos 1990.

Teresa Cristina tocou durante o jantar. Com repertório de Cartola, Noel Rosa e Paulinho da Viola, animou a ministra Esther Dweck (Gestão e Inovação) e a deputada Benedita da Silva (PT-RJ), que foram para a frente palco, e Janja, que dançou na área reservada ao lado de Lula.

Quem menos parecia à vontade eram os ministros do governo. Sob um clima de tensão que se instalou no Planalto na última semana, poucos circulavam, como Márcio Macêdo (Secretaria Geral) e Luiz Marinho (Trabalho).

Na alta cúpula, poucos sorriam. Alexandre Padilha (Relações Institucionais) ficou mais próximo dos colegas de São Paulo, ao fundo, do que no lugar a ele reservado; Fernando Haddad (Fazenda) nem apareceu. Aliados desconversavam, mas brincavam: "Hoje, eu que não queria estar naquela mesa lá", apontando para a região do governo.

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