'Inadmissível', diz Lula sobre atentado a primeiro-ministro da Eslováquia
O presidente Lula (PT) classificou nesta quinta (16) como "inadmissível" o ataque a tiros contra Robert Fico, primeiro-ministro da Eslováquia.
O que aconteceu
"Situações como essa merecem repúdio e nos afetam a todos", disse Lula. Em mensagem no X (ex-Twitter), ele afirmou que episódios de "intolerância e violência" como esse "atentam contra nossos valores de defesa da democracia e da paz".
"O ódio não pode prevalecer", defendeu o presidente brasileiro. Na mesma mensagem, ele manifestou solidariedade a Fico, sua família e ao povo eslovaco e desejou a pronta recuperação do primeiro-ministro.
Primeiro-ministro segue em estado grave. Em entrevista à AFP, o presidente eleito da Eslováquia, Peter Pellegrini, afirmou que Fico "já consegue falar, mas apenas algumas frases".
Ataque foi condenado por outros líderes mundiais. O presidente espanhol Pedro Sánchez, o premiê britânico Rishi Sunak e Ursula Von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, foram algumas das lideranças que manifestaram solidariedade.
Ataque reflete polarização
Eslováquia está dividida entre governo pró-Rússia e oposição alinhada com Ocidente. Fico presidiu o país entre 2006 e 2010 e entre 2012 e 2018. Ele negou ajuda à Ucrânia na guerra contra a Rússia iniciada no ano retrasado
Fico foi submetido à cirurgia. Com 71 anos, o suposto agressor foi identificado como escritor e acusado de tentativa de homicídio premeditado. Ele estaria insatisfeito com o resultado das eleições de abril, que elegeram Pellegrini, aliado de Fico.
Atentado aconteceu na quarta (15). Fico saía de uma reunião em Handlova, no centro da Eslováquia, quando foi baleado. Ele sofreu múltiplas lesões, que exigiram cuidados intensivos.
Pellegrini pediu "suspensão" da campanha para eleições europeias no país. Marcada para 8 de junho, a disputa acontece no mesmo mês em que Pellegrini deve tomar posse no cargo.