PGR se posiciona contra soltura dos irmãos Brazão e Rivaldo Barbosa
Do UOL, em São Paulo
29/06/2024 15h19
A PGR (Procuradoria-Geral da República) disse ao STF ser contra a revogação da prisão dos irmãos Brazão e do ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Eles são réus pelo assassinato de Marielle Franco.
O que aconteceu
PGR afirma que os três acusados devem continuar detidos. No ofício assinado pelo vice-procurador Hildenburgo Chateubriand, a prisão é justificada pela atuação dos réus para prejudicar investigações sobre as mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes.
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Defesa dos acusados havia pedido soltura ao Supremo alegando não existir perigo de fuga. Contudo, no parecer encaminhado ao STF, a PGR narra que "os elementos fáticos permanecem rigorosamente os mesmos, não havendo, portanto, motivo para que se desfaçam as decisões que foram, com base neles, proferidas".
STF tornou réus os irmãos Brazão e o ex-chefe de polícia. No último dia 18, a Primeira Turma do STF decidiu de forma unânime acatar a denúncia contra Chiquinho Brazão, deputado federal, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio.
Denúncia contra irmãos Brazão e Rivaldo Barbosa
Anteriormente, a PGR pontuou que o assassinato ocorreu a mando dos Brazão e planejado por Barbosa. A denúncia descreve que Marielle foi morta por conta de sua atuação contra a regularização de terrenos nas áreas de controle da milícia, na capital fluminense.
Denúncia teve por base a delação premiada de Ronnie Lessa. O ex-policial Militar assumiu os assassinatos e dedurou os irmãos Brazão e Barbosa. Lessa está detido na penitenciária de Tremembé, em São Paulo.
Os três acusados estão presos desde março. Os réus, suspeitos pelo planejamento e execução dos assassinatos, negam participação nos crimes.