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Após mais de 1 ano sem partido, Randolfe se filia ao PT ao lado de Lula

Presidente Lula e o senador Randolfe Rodrigues durante sua filiação ao PT Imagem: Ricardo Stuckert

Do UOL, em Brasília

18/07/2024 11h48Atualizada em 18/07/2024 11h48

O líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues, assinou hoje (18) a ficha de filiação no PT ao lado do presidente Lula.

O que aconteceu

Randolfe ficou sem partido por mais de um ano. O senador deixou a Rede Sustentabilidade em maio de 2023, após brigar com Marina Silva, fundadora da sigla e hoje ministra do Meio Ambiente. Depois da saída, o líder do governo no Congresso arrastou a promessa de filiação ao PT por meses.

Falta de horário na agenda do presidente Lula. Gleisi Hoffmann, presidente do partido, afirmou ao UOL que a filiação estava certa, mas que faltava uma brecha na agenda de Lula para marcar o evento.

Cerimônia aconteceu no Alvorada. Além do presidente Lula e de Gleisi, estava a primeira-dama, Janja da Silva, que também assinou a ficha de filiação de Randolfe.

Randolfe buscou outras alternativas. Enquanto não concretizava a filiação no PT, o senador sondou outros partidos em busca de opções para 2026, quando deve disputar a reeleição para o Senado. O parlamentar procurou o PSB e recebeu convite do MDB.

Críticas na liderança do governo

Randolfe é constantemente criticado pela falta de traquejo nas negociações com os parlamentares. A principal crítica é que ele não dialoga com os senadores e deputados da oposição.

A inabilidade ficou evidente na última sessão do Congresso, em maio. Na ocasião, o governo Lula amargou derrotas com o fim da "saidinhas dos presos" e a lei que criminalizava a comunicação enganosa em massa.

Nos dias que antecederam a sessão, parlamentares ouvidos pelo UOL afirmaram que Randolfe não procurou a oposição para tentar algum tipo de acordo. O veto de Lula à saída temporária de presos foi para votação no plenário sem clareza sobre a quantidade de votos para manter ou derrubar. Bolsonaristas afirmaram que não precisaram "fazer esforço" para derrotar o governo.

Deputados e senadores avaliam que Randolfe teve um papel importante quando era oposição. Na liderança do governo, contudo, o senador deixa a desejar pela falta de diálogo, anúncio de acordos que não existem e acúmulo de derrotas.

Para lideranças partidárias ouvidas pelo UOL, o cargo foi "prêmio de consolação". Randolfe foi coordenador de campanha do presidente Lula em 2022 e, durante a transição, tentou articular o comando em algum ministério. Sem sucesso na empreitada, sobrou o cargo de líder no Congresso.

Apesar das falhas, Randolfe tem boa relação com Lula. O senador também é próximo da primeira-dama. Em julho do ano passado, Lula e Janja foram padrinhos de casamento de Randolfe.

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