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Apagão cibernético global derrubou site do STF e afetou sistemas judiciais

Plenário do STF Imagem: Gabriela Biló - 25.jun.2024/Folhapress

Do UOL, em São Paulo*

19/07/2024 11h24Atualizada em 19/07/2024 11h44

O apagão mundial cibernético que ocorreu nesta madrugada afetou sistemas do Supremo Tribunal Federal, "mas os principais serviços já foram restabelecidos", informou nesta sexta-feira (19) a assessoria da Corte.

O que aconteceu

O apagão tirou o site do STF do ar e afetou sistemas judiciais. Só por volta das 7h, o portal do tribunal voltou ao ar. O apagão também prejudicou sistemas judiciais e os principais sistemas administrativos, que "já estão funcionando adequadamente".

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Serviços de apoio, utilizados pelo público interno, seguem com problema e "ainda estão sendo reativados". "Assim que tudo estiver completamente normalizado, o público externo e o público interno que utilizam os serviços do STF serão comunicados", diz a nota do Supremo.

Quem não conseguir acessar processos deve procurar "os canais de atendimento processual". "Quem precisar de apoio técnico, deve procurar o help desk", afirma a nota. Os canais da Ouvidoria do STF também estão disponíveis para sugestões ou reclamações.

O Supremo Tribunal Federal foi afetado na madrugada desta sexta-feira (19) por um problema cibernético mundial causado por uma falha em um dos sistemas que utiliza, mas os principais serviços já foram restabelecidos.
STF, em nota

O que causou o apagão?

O incidente está relacionado a um erro na atualização da empresa de cibersegurança CrowdStrike. As primeiras informações indicam que o apagão teve origem em sistemas da CrowdStrike que usam o sistema Windows, da Microsoft.

"Este não é um incidente de segurança ou ataque cibernético. O problema foi identificado, isolado e uma correção foi implantada", afirmou o CEO do CrowdStrike, George Kurtz. Ele diz que a empresa está trabalhando ativamente com os clientes afetados.

Tela mostrando erro é vista em uma casa de câmbio no Aeroporto Internacional de Hong Kong em meio a interrupções do sistema da Microsoft, em Hong Kong, China, 19 de julho de 2024 Imagem: Tyrone Siu/REUTERS

As companhias aéreas United e Delta paralisaram todos os voos nos Estados Unidos. A American Airlines também atrasou viagens, mas diz que as operações foram retomadas por volta das 6h (horário de Brasília).

Aeroportos brasileiros não tiveram sistema afetado, mas oito voos atrasaram. A Aena, que administra o aeroporto de Congonhas (SP) e outros 16 no Brasil, diz que cinco voos atrasaram em Recife, um em Campo Grande, um em Santarém (PA) e um em Monte Claros (MG), "por questões das companhias aéreas". Segundo a concessionária, "os sistemas estão funcionando normalmente e não houve impacto às operações de pouso e decolagem". Já o aeroporto de Guarulhos opera normalmente, informou a assessoria de imprensa.

Na Espanha, a autoridade aeroportuária relatou que o incidente nos sistemas de computador paralisou as operações em todos os aeroportos do país. O tráfego aéreo na Alemanha, Reino Unido, Austrália, Hong Kong e Amsterdã também foi fechado.

Sem sistema, as companhias aéreas entregaram bilhetes aéreos manuscritos. Há relatos no Reino Unido e Índia.

The Microsoft / CrowdStrike outage has taken down most airports in India. I got my first hand-written boarding pass today pic.twitter.com/xsdnq1Pgjr

-- Akshay Kothari (@akothari) July 19, 2024

Viagens de trem também foram afetadas no Reino Unido. Pelo menos 14 operadoras ferroviárias dizem estar enfrentando dificuldades e alertaram para a possibilidade de cancelamentos em cima da hora.

A Sky News, um dos principais canais do Reino Unido, está parcialmente fora do ar. Na Austrália, a rede estatal ABC está com a programação paralisada.

(Com informações da Deutsche Welle)

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