Morto em frente ao STF teve 'problemas mentais' após divórcio, diz deputado
O deputado federal Jorge Goetten (Republicanos-SC) disse que Francisco Wanderley Luiz, dono do carro que explodiu na Praça dos Três Poderes, aparentava "sérios problemas mentais" depois de um divórcio. Goetten é de Rio do Sul (SC), mesma cidade de Luiz, e conhece o chaveiro desde a juventude.
O que aconteceu
Luiz se mudou para Brasília após se divorciar. De acordo com o deputado, ele morava em "uma quebrada" de Brasília depois de se divorciar da esposa em Rio do Sul.
Deputado diz ter notado comportamento estranho do conterrâneo. Goetten afirma que percebeu que Luiz aparentava ter "problemas mentais" depois da separação. Ainda segundo o congressista, o chaveiro já foi um empresário de sucesso na região.
Homem frequenta gabinete de deputado, mas não esteve com ele nesta quarta-feira (13). Segundo a equipe de Goetten, o homem não esteve no gabinete do deputado, apesar de ter circulado pela Câmara durante a tarde. "Ele visitou meu gabinete algumas vezes no último ano, mas não o vi hoje", conta o deputado.
Deputado conhece Luiz desde a juventude e lamentou o episódio. O congressista diz que o chaveiro é "de uma família boa" da cidade do interior catarinense. "Lamento a morte dele e lamento o que ele causou", disse.
O que se sabe
Homem trabalhou como chaveiro e camelô. À Justiça Eleitoral em 2020, ele informou também ser casado e ter ensino médio incompleto. Não há registro de outras candidaturas dele a cargos públicos desde então. Nas redes sociais, ele se apresentava como empreendedor, investidor e desenvolvedor.
"Deixaram a raposa entrar no galinheiro", disse homem ao postar foto no STF hoje. A imagem foi divulgada nas redes sociais dele nesta quarta horas antes da explosão. O STF informou que está apurando a data exata do registro.
Mensagem de homem prometeu bombas na casa de lideranças políticas. "Cuidado ao abrir gavetas, armário, estantes, depósito de matérias etc", disse ele no texto. Homem também fez críticas ao agro e prometia explosões entre 17h48 de hoje e o próxima sábado (16).
Uma das mensagens cita Donald Trump. No texto, ele cita a Ilha de Marajó, local apontado por membros da extrema-direita como ponto de exploração sexual de crianças — ainda que a acusação não seja baseada em evidências.
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