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Braga Netto aprovou plano para matar Lula, Alckmin e Moraes, diz PF

7.set.2022 - Braga Netto, durante as comemorações do Bicentenário da Independência, em Brasília Imagem: Ton Molina /Fotoarena/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

26/11/2024 19h29Atualizada em 26/11/2024 20h09

O general Braga Netto (PL) teria aprovado o plano para matar o então presidente eleito Lula (PT), seu vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes, segundo o relatório da PF.

O que aconteceu

O documento foi apresentado ao general em sua casa em novembro de 2022. O material foi entregue pelo tenente-coronel Mauro Cid, então ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), pelo major Rafael de Oliveira e pelo tenente-coronel Ferreira Lima. Braga Netto foi vice na chapa de Bolsonaro em 2022, derrotada por Lula (PT).

Encontro foi para apresentar o planejamento de "ações clandestinas". Segundo a PF, as medidas serviriam para dar suporte "às medidas necessárias para tentar impedir a posse do governo eleito e restringir o exercício do Poder Judiciário".

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O plano denominado "Punhal Verde Amarelo" foi impresso pelo general Mário Fernandes. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também teve acesso ao material, de acordo com as investigações da PF.

A execução de Lula previa envenenamento ou uso de químicos. "Para execução do presidente Lula, considerando sua vulnerabilidade de saúde e ida frequente a hospitais, [há] a possibilidade de utilização de envenenamento ou uso de químicos para causar um colapso orgânico", diz trecho de operação da polícia da semana passada.

O plano previa um possível confronto com seguranças de Moraes. Segundo a PF, os militares já estavam monitorando os trajetos feitos por Moraes e tinham levantado os armamentos necessários para sequestrar ou executar o ministro. O documento apreendido com o general Mario Fernandes falava em "danos colaterais passiveis e aceitáveis", que incluíam a morte de toda a equipe de segurança do ministro do STF.

Delação de Cid

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, teria vazado o conteúdo de sua delação premiada a Braga Netto. A suspeita se baseia em documentos encontrados pela PF na mesa de assessor do general.

Segundo a PF, o documento descrevia perguntas e respostas relacionadas ao acordo de delação. Cabe ressaltar que o texto não tem assinatura. Mas as respostas em vermelho e dadas na primeira pessoa do singular fizeram os investigadores suspeitarem que foram redigidas por Cid.

O relatório aponta que os pais de Cid teriam conversado com Braga Netto sobre delação. A PF sustenta a informação com base numa troca de mensagens entre o general Mario Fernandes e o coronel reformado Jorge Luiz Kormann em setembro de 2023.

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