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Lula, Tarcísio e Nunes anunciam R$ 10 bilhões de investimentos em São Paulo

Do UOL, em São Paulo e em Brasília

29/11/2024 10h53Atualizada em 29/11/2024 11h58

O presidente Lula (PT) anunciou hoje (29) um investimento de R$ 10 bilhões para São Paulo ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB).

O que aconteceu

Esse é o primeiro encontro entre os três após o resultado das eleições municipais. A cerimônia ainda tem a presença do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e do ministro da Casa Civil, Rui Costa, além de secretários dos governos municipal e estadual.

Os contratos somam R$ 10,6 bilhões de empréstimos do BNDES. Os acordos são das obras do trem InterCidades entre São Paulo e Campinas, do trecho norte do Rodoanel, da Linha 2-Verde do Metrô e de ônibus elétricos para capital paulista.

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A Linha 2-Verde do Metrô será expandida até a Penha, na zona leste. A promessa é que o ramal, que já está em obras, tenha integrações com a linha 3-Vermelha e a linha 11-Coral.

O contrato com os ônibus elétricos é de R$ 2,5 bilhões. O acordo é para compra de 1.300 veículos de fabricação nacional para Prefeitura de São Paulo. A gestão de Ricardo Nunes ficou distante da meta de entregar ônibus deste modelo.

As obras do Rodoanel receberão um empréstimo de R$ 1,35 bilhão. O trecho interliga 12 rodovias e tem 19,7 km de vias em quatro faixas e 26,1 km de vias em três faixas, além de 14 túneis.

Lula x Tarcísio e Nunes

A cerimônia de assinatura dos contratos ocorre em meio ao indiciamento de Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente é suspeito com outras 36 pessoas dos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

A PF também encontrou plano para matar Lula, Geraldo Alckmin (PSB) e ministro Alexandre de Moraes. O documento, denominado "Punhal verde amarelo", foi impresso pelo general Mário Fernandes, dias após a derrota de Bolsonaro em 2022 e foi entregue ao ex-presidente.

Tarcísio já defendeu Bolsonaro e disse que o indiciamento é "uma narrativa que carece de provas". Antes de ser governador, ele foi ministro do ex-presidente, a quem tem como padrinho político.

A relação dos líderes políticos é recheada de trocas de farpas e apoios a desafetos. Apesar de o MDB de Nunes ser da base do governo federal, Lula apadrinhou o rival do prefeito na corrida municipal, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP). Após ser reeleito, o emedebista disse que "não tem o menor sentido" seu partido apoiar o petista em 2026.

Tarcísio tenta manter uma distância segura de Lula para não ser criticado por bolsonaristas. O petista já reclamou diversas vezes da ausência do governador em agendas sobre o estado. "É uma pena, porque o governador poderia estar aqui com a gente, mas ele não vai em nenhum lugar que o convido. Saindo daqui, vamos visitar uma obra em Campinas, que tem investimento do BNDES, ele [Tarcísio] está convidado, mas não vai", disse Lula, em julho deste ano.

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