'Não houve qualquer obstrução às investigações', diz defesa de Braga Netto

A defesa do general da reserva Walter Braga Netto, preso pela Polícia Federal neste sábado (14), afirmou que "não houve qualquer obstrução às investigações".

O que aconteceu

Os advogados afirmam ter tomado "conhecimento parcial", na manhã de hoje, sobre a apuração da PF. A nota é assinada pelos advogados Luís Henrique César Prata, Gabriella Venâncio e Francisco de Lima.

A defesa se manifestará nos autos após ter plena ciência dos fatos que ensejaram a decisão proferida. Entretanto, com a crença na observância do devido processo legal , teremos a oportunidade de comprovar que não houve qualquer obstrução as investigações.
Defesa de Braga Netto

O general é alvo do inquérito que investiga o plano de golpe de Estado contra o presidente Lula. A PF também faz busca e apreensão na casa do ex-ministro, no Rio de Janeiro, e do coronel Flávio Botelho Peregrino, ex-braço direito de Braga Netto, também da reserva, em Brasília. Os mandados foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Tentativa de obstrução da Justiça. A PGR e o ministro Alexandre de Moraes, do STF, concordaram que Braga Netto tentou obstruir a Justiça ao buscar detalhes da delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-auxiliar de Bolsonaro. O militar foi preso em Copacabana, no Rio, e ficará sob custódia do Exército, no Comando da 1ª Divisão de Exército, na Vila Militar em Deodoro, zona oeste do Rio de Janeiro.

Militar estava viajando. A PF cumpriu o mandado neste sábado, pois Braga Netto chegou de viagem na noite de sexta-feira (13). A Lei de Abuso de Autoridade prevê uma pena de detenção de 1 a 4 anos, e multa a quem "cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar após as 21h ou antes das 5h".

O general da reserva é um dos personagens mais mencionados no relatório de 884 páginas da Operação Contragolpe. Ele foi citado 98 vezes. A investigação resultou no indiciamento de Braga Netto, do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros 35 acusados.

Assessor de Braga Netto, o coronel Peregrino, que guardou plano "Lula não sobe a rampa" também foi alvo da operação. Agentes cumprem mandado de busca e apreensão na casa do coronel Peregrino em Brasília. No mês passado, a PF apreendeu o documento golpista na mesa dele, na sede do Partido Liberal, dentro de uma pasta denominada "memórias importantes".

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