Deputada pede à PGR que Silvinei seja impedido de manter cargo público
A deputada federal Luciene Cavalcante (PSOL-SP) enviou à PGR (Procuradoria-Geral da República) uma petição para que Silvinei Vasques seja impedido de se manter em cargos públicos. Investigado por interferência nas eleições de 2022, o ex-chefe da Polícia Rodoviária Federal assumiu secretaria em Santa Catarina no dia 6.
O que aconteceu
Gravidade dos delitos cometidos por Silvinei justificaria adoção da medida. No documento enviado à PGR, Luciene defende que ele e réus investigados por participação em outros atos antidemocráticos — como os ataques de 8 de janeiro de 2023 em Brasília — sofram perda de função pública.
Pedido foi encaminhado à PGR, mas decisão é do Supremo Tribunal Federal. Caso a procuradoria entenda que a solicitação é válida, ela poderá repassá-la ao STF, que decidirá se acata ou não a medida solicitada.
Silvinei assumiu a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Inovação de São José (SC). O prefeito reeleito Orvino Ávila (PSD) foi quem o escolheu para o cargo. Ávila é próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) — a quem já qualificou como "maior presidente da história desse país" nas redes sociais.
Silvinei Vasques ficou em prisão preventiva entre agosto de 2023 e agosto de 2024. Ele é suspeito de ter utilizado a estrutura do órgão que chefiava para organizar blitzes em diversas rodovias, especialmente na região Nordeste, e obstruir o fluxo de eleitores para beneficiar Bolsonaro, então candidato à reeleição.
Soltura de Vasques foi determinada por Alexandre de Moraes. Desde a determinação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), o policial aposentado usa tornozeleira eletrônica e cumpre outras medidas cautelares.
Vasques recebe aposentadoria de R$ 13 mil desde dezembro de 2022. O dado consta no Portal da Transparência do governo federal. De acordo com o site, o ex-chefe da PRF entrou no serviço público por concurso em dezembro de 1995.
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