Moraes põe Silveira 'em risco' ao ordenar entrega de arma, diz defesa

A defesa do ex-deputado federal Daniel Silveira disse nesta quinta-feira (16) que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, põe a vida de seu cliente em risco ao pedir a entrega da arma.

O que aconteceu

Silveira ficará sem "autodefesa" ao entregar a arma, afirmou seu advogado, Paulo Faria, em petição enviada a Moraes. "Resta a Defesa alertar ao nobre relator que, o ato de determinação para entrega da arma legal utilizada por Daniel Silveira para autoproteção retirará essa premissa de autodefesa."

Ex-deputado terá de entregar arma até amanhã. Ontem (15), Moraes deu 48 horas para a defesa do ex-deputado Daniel Silveira entregar a pistola Taurus registrada em seu nome no sistema da Polícia Militar do Rio de Janeiro.

Por ser policial militar da reserva, Silveira estará colocando a própria vida "em risco", protesta o advogado. "Por ser policial militar da reserva, colocando em risco a sua própria vida. É obrigação alertá-lo, ilustre".

Ministro tomou a decisão após ser informado pelo Exército sobre a arma. Ex-deputado está preso desde o fim do ano passado após descumprir determinações do STF que concedeu liberdade a ele. Dentre as obrigações que Silveira tinha que cumprir estava a de se recolher em casa durante a noite e de não portar arma de fogo.

Chefe de gabinete do comandante do Exército, coronel Rodrigo de Carvalho Bernardo, identificou registro em nome de Silveira. Pistola da marca Taurus aparece cadastrada no nome do ex-deputado no sistema da Polícia Militar do Rio de Janeiro, o que foi comunicado a Moraes. Silveira foi da PM do Rio entre 2012 a 2018, quando saiu para disputar o cargo na Câmara dos Deputados

Ele foi condenado a 8 anos e 9 meses de prisão por estímulo a atos antidemocráticos e ataques a ministros do STF. O ex-deputado acumula idas e vindas da cadeia desde 2021, e já foi preso quatro vezes por ordem de Moraes.

Em 20 de dezembro do ano passado ele obteve o livramento condicional. Isso acontece quando um condenado consegue progredir de regime após cumprir parte da pena, mas voltou a ser detido por descumprir o horário de recolhimento noturno.

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