Veja quem são os candidatos à presidência do Senado

O Senado marcou para 1° de fevereiro as eleições para escolher quem comandará a Casa no biênio 2025/2026, no lugar de Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Até o momento, são três postulantes ao cargo.
O que aconteceu
Favorito na disputa, Davi Alcolumbre (União-AP), busca comandar a Casa pela segunda vez. É apoiado pelo PT do presidente Lula e o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro, além de União Brasil, PP, PSD e Republicanos. No discurso de candidato, foca na defesa de continuidade da estabilidade institucional e promete manter o Senado como uma ponte entre o Executivo e o Legislativo.
Alcolumbre já presidiu o Senado entre fevereiro de 2019 e fevereiro de 2021, quando foi alçado do baixo clero ao maior posto da Casa. Presidiu o Senado, portanto, durante parte da pandemia e no governo Jair Bolsonaro (PL), em um mandato marcado pelo fortalecimento do papel das emendas parlamentares no Congresso. Com o repasse de recursos aos estados e municípios, ampliou sua base de aliados.
Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), ex-ministro da Ciência e Tecnologia no governo Bolsonaro. Pontes tenta se projetar como o candidato de oposição, apesar de não ter apoio de seu partido, que já disse que votará com Alcolumbre. Ele lançou sua candidatura em outubro de 2024 e está sendo muito criticado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Para ele, Pontes não tem chances e ainda por cima atrapalha a articulação política do partido para ocupar cargos em comissões e na Mesa Diretora na futura gestão de Alcolumbre.
Pontes justifica sua candidatura dizendo ser uma alternativa para renovar a liderança do Senado. Ele afirma que é preciso oferecer um Senado mais atuante, disposto a defender a integridade e restaurar a confiança nas instituições.
Outro nome na disputa é o senador Eduardo Girão (Novo-CE). Durante a CPI da Pandemia, foi um dos membros da tropa de choque bolsonarista, defendendo a atuação do governo Bolsonaro e questionando a de governadores na gestão de recursos da saúde.
Girão promete lutar contra a "velha política" e por um Congresso mais transparente. Ele tem declarado que sua candidatura reflete o descontentamento de parte do Senado com a centralização de poder nas mãos de alguns líderes e com a falta de independência do Legislativo em relação ao Executivo.
Como funciona a votação
Os integrantes da Mesa são eleitos para um mandato de dois anos. A votação é secreta, por meio de cédulas de papel, e vence aquele que receber 41 votos ou mais. O registro de candidaturas pode ser feito no dia da votação, durante reunião preparatória, em 1° de fevereiro.
As sessões devem ser abertas com o quórum mínimo de 14 senadores. A votação, no entanto, só começa com a maioria absoluta da casa, ou seja, 41 senadores.
Após a eleição, o presidente eleito toma posse e convoca a terceira reunião preparatória. Essa reunião, por sua vez, ajuda na escolha dos outros integrantes da Mesa.
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