Lula faz reunião com Mauro Vieira para avaliar posição sobre crise com EUA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fará uma reunião nesta segunda (27) com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para avaliar os próximos passos do Brasil em relação à crise migratória com os EUA.

O que aconteceu

Reunião entre Lula e Vieira acontece no Planalto às 10h30. No sábado (25), Lula foi informado sobre o caso dos deportados que chegaram em Manaus e reclamou da situação. O presidente pediu que a FAB enviasse um avião para enviá-los para Confins (MG), o que aconteceu na noite do mesmo dia.

Governo quer manter cautela. O UOL apurou que a reunião foi marcada às pressas para determinar a posição do Brasil nos próximos dias. Inicialmente, o governo queria manter cautela diante da situação dos brasileiros em Manaus, que relataram supostas agressões e maus-tratos no retorno para o Brasil.

Pressão por liderança. Apesar da cautela, o Brasil está sob pressão para mostrar liderança regional e dar uma resposta diante da retaliação de Trump contra a Colômbia, um país considerado aliado.

Reação do Itamaraty. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil condenou, na noite de sábado (25), o "tratamento degradante" dos brasileiros depois que imigrantes foram algemados em um voo comercial de deportação.

O governo norte-americano prepara uma nota para comentar a reação do Brasil. Segundo apurou a colunista do UOL Andreza Matais, Washington pretende se posicionar a respeito da nota brasileira sobre o tratamento dado aos brasileiros expulsos do país por imigração ilegal.

A Colômbia recusou neste domingo dois aviões militares dos EUA com migrantes que estavam sendo deportados. Petro condenou a prática, sugerindo que ela tratava os imigrantes como criminosos. Em uma publicação na rede social X, ele disse que a Colômbia receberia os imigrantes deportados em aviões civis, afirmando que eles deveriam ser tratados com dignidade e respeito.

Como retaliação, Trump anunciou a proibição de viagens e revogação de vistos para funcionários do governo colombiano. Membros do partido, familiares e apoiadores também são alvo da medida.

O presidente dos EUA também impôs tarifas de emergência de 25% sobre os bens colombianos que entram no país norte-americano. Gustavo Petro rebateu Trump e disse que vai taxar todos os produtos dos EUA que entrarem na Colômbia.

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