Tarcísio e deputados afagam presidente que busca reeleição na Alesp

O presidente da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), André do Prado (PL), recebeu afagos do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e de colegas deputados nesta quarta-feira (5), em evento do aniversário de 190 anos da Casa.

O que aconteceu

Evento acontece em meio a articulações para a eleição na Alesp. Parlamentares avaliam que a cerimônia pode reforçar a imagem do atual presidente, que deve ser reeleito. "Há de ser reconduzido ao cargo, com 94 votos", disse o deputado estadual Barros Munhoz (PSDB) em discurso recheado de elogios a Prado. Ao UOL, o presidente disse na semana passada que a reeleição está "bem encaminhada".

Prado deve ser reeleito com apoio do PT. Em discurso, Teonilio Barba (PT) elogiou o atual presidente e disse que ele "cumpre palavra". O partido, que já apoiou a primeira eleição de Prado em 2023, busca manter a Primeira Secretaria, considerada o "RH da Casa" por ser responsável, por exemplo, pelas nomeações da Alesp.

Entre deputados estaduais, Prado começa a ser cogitado como vice de Tarcísio caso ele seja candidato à reeleição em 2026. Em seu discurso, o governador classificou o presidente da Alesp como "liderança inconteste" e afirmou que ele faz um trabalho "por todo o estado de São Paulo".

Eleição na Alesp ocorre no dia 15 de março. Além da presidência, a Casa vai escolher quem ocupará os outros cargos da chamada Mesa Diretora, que comanda as atividades administrativas e parlamentares. Serão eleitos o primeiro e o segundo secretários, além do primeiro e do segundo vice-presidentes.

Evento de 190 anos da Alesp também teve presença de outras autoridades. Além de Tarcísio, compareceram o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), o presidente do Tribunal de Justiça do Estado, Fernando Antônio Torres Garcia, e o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa. Participaram ainda deputados estaduais, ex-parlamentares e ex-presidentes da Alesp, prefeitos de cidades do interior e vereadores.

Em seu discurso, Prado fez uma defesa da democracia. "Celebramos os debates, as lutas, as vitórias e, sobretudo, a democracia, que é o verdadeiro alicerce desta Casa", disse ele, que é do mesmo partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, indiciado pela Polícia Federal por suposta participação no planejamento de atos golpistas, em 2022.

Deputado do PT lembrou momento em que Alesp foi fechada pela ditadura militar. "Não se trata de caça às bruxas. É um pedaço da nossa história, que foram os anos de chumbo", afirmou Barba, primeiro secretário da Alesp. A Casa ficou fechada de 7 de fevereiro de 1969 a 1° de junho de 1970, por ordem do Ato Institucional n° 5, que marcou o endurecimento do regime. Na época, 27 deputados estaduais tiveram os mandatos cassados.

A Alesp foi instalada em 2 de fevereiro de 1835. Nasceu inicialmente como Assembleia Legislativa da Província de São Paulo, funcionando em um prédio localizado no Pátio do Colégio, no centro da capital, e composta por 36 membros.

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Casa atualmente tem 94 deputados estaduais. É o segundo maior Parlamento do país, com mais integrantes que o Senado (55 membros) e menos que a Câmara dos Deputados (513 membros). Desde 1968, a Alesp é sediada no Palácio 9 de Julho, em frente ao Parque do Ibirapuera.

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