Nunca tivemos força de militância como o PT, diz presidente do PSDB
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O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, afirmou que o partido nunca teve uma força de militância como o PT, seu principal adversário político no passado.
O que aconteceu
Perillo falou sobre a crise no PSDB nesta terça-feira (11), em entrevista à GloboNews. Ele foi questionado sobre porque o PT sobrevive enquanto os tucanos têm dificuldades de manter o partido de pé. "O PT teve mais militância, teve uma origem diferente da nossa. E nós tivemos nosso papel, não deixou de ser um papel relevante", disse.
O PT nasceu dos sindicatos, de movimentos populares. O PSDB é um partido que nasceu nos debates do Congresso Nacional, na dissidência do MDB. Há uma diferença. Nunca tivemos uma força de militância como o PT teve. Marconi Perillo, presidente do PSDB
Presidente do PSDB avalia que o partido cometeu um erro ao "bater só no Bolsonaro" nas eleições de 2018. A sigla teve Geraldo Alckmin como candidato à presidência, mas optou por não se posicionar no segundo turno, disputado entre Fernando Haddad e Jair Bolsonaro. Para Perillo, o PSDB também errou ao não lançar um candidato em 2022.
Naquela época eu acho que a gente tinha também que ter protagonizado a discussão com o PT, que sempre foi o nosso adversário tradicional. O eleitor do PSDB, de centro, imaginou ou entendeu que nós estávamos aliados direta ou indiretamente com o PT.
Possibilidade de fusão
PSDB estuda alternativas de fusão. Segundo Perillo, há conversas em andamento com o MDB e outros partidos. Atualmente a legenda está em uma federação com o Cidadania. "Se formos fazer algum movimento, seria uma fusão onde a gente pudesse começar um novo programa, guardados os nossos compromissos históricos".
Operação da PF
Perillo acusa o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), de orquestrar operação contra ele. O tucano foi alvo de busca e apreensão da PF na semana passada por supostos desvios de recursos da saúde na época em que governava o estado.
O que aconteceu comigo na última semana foi um ato de covardia política, de violência política, de abuso de autoridade inominável. Coisa que só acontece em país de terceiro mundo. Isso é uma vergonha, um absurdo. Fizeram isso porque eu tenho feito vídeos duros cobrando coisas do governo de Goiás, cobrando abertamente, me dirigindo ao governador.
Os dois já trocaram acusações no dia da operação. Na ocasião, Caiado disse ser vítima de "ataques rasteiros" de Perillo com o objetivo de esconder desvios de recursos públicos durante seus mandatos, além de "atacar grosseiramente" duas instituições respeitadas como a Polícia Federal e a CGU. "Em 1.613 caracteres, Marconi não consegue dar a mínima explicação para as denúncias", disse.
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