'Aluno tem que ir para escola estudar, não ficar no celular', diz Lula

Um mês após sancionar a proibição de celulares nas escolas, o presidente Lula (PT) falou sobre o assunto nesta quinta-feira (13) e criticou o uso excessivo do aparelho por parte de estudantes.

O que aconteceu

Lula criticou os alunos que ficavam no celular durante as aulas. "Proibimos celulares nas escolas. Aluno tem que ir para a escola estudar, não para ficar no celular. A professora dando aula e ele no celular", disse ele, durante cerimônia de entrega de unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida, em Belém (PA).

Queremos que ele volte a brincar, jogar bola, contar piada ou fazer qualquer coisa. Quando ele chegar em casa, se o pai quiser, dê o celular.
Lula, ao falar da proibição dos celulares

Contudo, o presidente criticou pouco depois pais e mães que "dão celular na mão da criança para ela parar de chorar". "Hoje, tem uma desgraça: a criança chora e, ao invés de a mãe pegar no colo e fazer cafuné, mete o celular na criança. O pai, quando a mãe manda cuidar do filho, ele pega o celular para dar para o filho. A criança precisa de colo, chamego, cafuné e carinho. É uma coisa muito gostosa".

A lei federal

A regra vale para escolas públicas e particulares e os aparelhos estão vetados durante as aulas, recreios e atividades extracurriculares. A exceção é para fins pedagógicos ou em casos de emergência —para garantir a acessibilidade ou para alunos diabéticos, por exemplo, que usam o aparelho para a medição da glicemia.

Com a sanção de Lula, o Brasil se une a dezenas de países que já proíbem o uso do aparelho. Segundo o Relatório Global e Monitoramento da Educação da Unesco, um em cada quatro países do mundo já adotou leis que proíbem o uso do aparelho nas unidades de ensino. Entre eles estão a França, pioneira no tema, Espanha, Grécia, Finlândia, Suíça e México.

Estudos nacionais e internacionais têm apontado os problemas do uso excessivo de celular por crianças e adolescentes. No Pisa 2022, principal avaliação mundial da educação, oito em cada dez alunos brasileiros de 15 anos disseram que se distraem com o uso de celulares nas aulas de matemática.

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