Andreza: 'Aprovação de anistia seria troco do Congresso no STF'

A aprovação de um projeto de lei para anistiar acusados e condenados do 8 de Janeiro seria uma espécie de troco dado pelos parlamentares a ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), avaliou a colunista Andreza Matais no UOL News, do Canal UOL, nesta terça-feira (18).

Esse projeto da anistia é muito provável que ele passe, ainda mais num ambiente político em que o Congresso Federal está bastante incomodado com o Supremo Tribunal, que congelou as emendas. Os deputados estão sendo muito pressionados pelos prefeitos. Andreza Matais, colunista do UOL

O PL da Anistia é de autoria do deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB) e foi protocolada em novembro de 2023, nove meses depois que centenas de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o STF em protesto contra a vitória de Lula nas eleições. O STF condenou até o momento 265 pessoas pelos atos golpistas.

Nesta terça, Bolsonaro almoçou com a bancada do PL no Senado e afirmou que aprovar a anistia dos presos do 8 de Janeiro é prioridade. O encontro ocorreu em meio à expectativa de que a PGR (Procuradoria-Geral da República) apresente nesta semana a denúncia contra o ex-mandatário. Ou seja, uma eventual aprovação do projeto poderia, como consequência, beneficiar o ex-presidente também.

Ao Canal UOL, Andreza disse que a aprovação desse projeto seria um movimento político para tentar desmoralizar as ações tomadas pelos ministros do STF.

Então, o jogo político é muito maior do que estamos enxergando: uma eventual decisão do Congresso de anistiar os golpistas do 8 de janeiro é um troco no Supremo e uma forma de desmoralizar as decisões tomadas pelos ministros do Supremo.

Existe inclusive uma preocupação no Supremo. Eu apurei que o ministro Alexandre de Moraes procurou Hugo Mota preocupado que o Congresso tome essa iniciativa. Há muita coisa sendo conversada nas madrugadas de Brasília, porque se sabe que este Congresso é extremamente conservador, tanto na Câmara quanto no Senado. Andreza Matais, colunista do UOL

Sakamoto: 'Musk manda no governo Trump... com caneta ou não'

Ainda durante o UOL News, o colunista Leonardo Sakamoto avaliou que, com caneta oficial ou não, é o bilionário Elon Musk quem manda na gestão de pessoal do presidente Donald Trump, nos Estados Unidos.

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Na prática, ele [Musk] faz, toma as decisões e outra pessoa assina. A capacidade de exercer o poder está diretamente relacionada à proximidade com o poder. E o Trump está gostando disso, está empoderando Musk. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

Musk foi um dos primeiros nomes anunciados por Trump para integrar o seu governo, iniciado em janeiro. O gesto levantou polêmicas, já que o dono do X (antigo Twitter) tem contratos vigentes com o governo norte-americano, em um potencial conflito de interesses.

Na sequência, Sakamoto detalhou outra estratégia usada pela dupla.

O Musk cria um tsunami de declarações com propostas polêmicas, algumas delas que vão prosperar e se transformar em políticas, outras que vão morrer, mas não importa, aquilo galvaniza, aquilo atrai a atenção da imprensa, da sociedade, que fica compenetrada por esse processo.

Enquanto isso, o desmonte da estrutura da administração norte-americana segue e o próprio governo Trump ganha tempo para dar resposta nos assuntos que realmente causam impacto no longo prazo, como redução da inflação, geração de empregos e outras coisas. O Musk tem sido uma figura muito útil, com caneta oficial ou não. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

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Raquel: 'Milei tem primeira fissura em seu governo'

No UOL News, a colunista Raquel Landim afirmou que o escândalo com a divulgação de criptomoeda é a primeira fissura do presidente argentino, Javier Milei, mas, ainda assim, o pedido de impeachment iniciado pela oposição não deve se prosperar.

O fenômeno Javier Milei tem um ano e dois meses de governo, e essa é a primeira fissura que aparece no governo dele. A oposição terá muita dificuldade de conseguir aproveitar essa fissura. Esse impeachment dificilmente irá prosperar, porque Milei tem a maioria no Congresso. Raquel Landim, colunista do UOL

Na última sexta (14), Milei postou no X (antigo Twitter) uma recomendação de compra da criptomoeda chamada $LIBRA, pouco conhecida, cujo preço logo depois disparou para quase US$ 5 cada. Poucas horas depois, contudo, a criptomoeda despencou para menos de US$ 1.

A câmara de fintech da Argentina reconheceu que o caso poderia ser potencialmente uma "puxada de tapete", em que desenvolvedores de um token de criptografia atraem investimentos legítimos, aumentando o valor do ativo, apenas para depois se desfazerem de sua participação.

Assista ao trecho no vídeo abaixo:

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