Randolfe vê Lula em fase mais difícil do mandato e critica oposição feroz

Com a popularidade em baixa, o governo Lula enfrenta o pior momento do seu terceiro mandato, afirmou o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP) em entrevista ao UOL News nesta terça (18). Líder do governo no Senado, o parlamentar ainda criticou a atuação da oposição, mais violenta do que nos dois primeiros mandatos do presidente.

Randolfe destacou as mudanças vividas tanto pelo país como pelo próprio Lula. Para o senador, o presidente continua sendo a principal alternativa do campo democrático para a disputa eleitoral em 2026. Ele se mostrou otimista em relação à recuperação da popularidade de Lula.

Vi muita gente dizer de ontem para hoje que Lula está mudado, mas não ouvi ninguém falar que o Brasil também está muito mudado em relação ao que ele governou de 2003 a 2010. Também não ouvi ninguém dizer que é um Congresso Nacional muito mudado. A verdade, na prática, é que o mundo mudou.

Não existe alternativa aos democratas desse país que não seja Lula. Sem ele, os democratas brasileiros não vão à esquina. Qualquer pesquisinha que aparecer por aí aponta isso. Estamos vivendo uma tempestade perfeita contra nós e o governo, que começou em outubro por conta de um acidente doméstico.

Depois, em dezembro, houve um pico do dólar, que de imediato repercutiu no preço dos alimentos e trouxe um impacto sobretudo para as camadas mais pobres da população, que é a base social do governo. Também tivemos uma trapalhada técnica em relação ao Pix. Esse conjunto de fatores teve concretamente impacto sobre a popularidade. Mas é o momento.

Se este é o diagnóstico, o prognóstico é melhor. Em relação ao preço dos alimentos, o dólar teve sua maior queda em três, quatro meses. Neste ano, teremos uma das melhores safras já apontadas e isso terá um impacto para a redução no preço dos alimentos. Lula não é um líder de ficar parado diante da realidade. Vivemos o impacto de um momento que é o mais difícil do governo, mas tem prognóstico futuro de superação. Randolfe Rodrigues, senador (PT-AP)

Randolfe chamou a atenção para o comportamento violento da oposição e disse que ela está mais preocupada em discutir a anistia para crimes cometidos por seus apoiadores do que no diálogo por um país melhor.

Esse conjunto nos trouxe até aqui, mais do que a própria competência da oposição, que tem dificuldade de se organizar. Não temos uma oposição como foi o PSDB em Lula 1 e 2. Não existe um PSDB no governo que, mesmo com o PT gritando 'fora FHC', o partido não queria organizar intentonas golpistas.

Hoje, temos uma oposição que inaugura a sua atuação tentando um golpe de Estado violento. São esses opositores que querem retornar ao governo em 2026. Nossa agenda no Congresso é um conjunto de medidas para o Brasil continuar crescendo. A principal deles é a anistia para os crimes que cometeram, sobretudo no 8 de janeiro. Essa é uma circunstância diferente que é preciso assinalar sobre o momento que estamos vivendo.

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Lula já viveu momentos mais difíceis no passado. Em 2005, a oposição, que era democrática, não quis apresentar um pedido de impeachment porque achava que ele não chegaria competitivo em 2006. Se recuperarmos as pesquisas de meados de 2005, a reprovação ao governo estava em patamares muito parecidos com os de hoje. A minha tranquilidade é ter um líder político que sabe dar a volta por cima desde que nasceu e é resiliente às adversidades. Randolfe Rodrigues, senador (PT-AP)

Assista à entrevista na íntegra:

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