Tarcísio e Nunes defendem Bolsonaro: 'Jamais compactuou' e 'democrático'

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) saíram, nesta quarta-feira (19), em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro em relação à denúncia realizada pela PGR (Procuradoria-Geral da República) por tentativa de golpe de Estado.

O que aconteceu

Tarcísio disse que Bolsonaro "jamais compactou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do estado democrático de direito." No X, ele ainda se referiu ao ex-presidente como "principal liderança política do Brasil" e manifestou apoio a ele: "Estamos juntos, presidente."

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse que confia "no espírito público e democrático" de Bolsonaro. "Ao se falar sobre desconstrução do estado democrático de direito, cabe ressaltar que, até por essa razão, em um estado democrático de direito a presunção de inocência e o direito à ampla defesa e ao contraditório devem prevalecer em absoluto", escreveu no X.

Bolsonaro (PL) irá hoje a um encontro com deputados de oposição em Brasília. A reunião ocorrerá na casa do líder da oposição da Câmara, deputado Coronel Zucco (PL-RS), um dia após apresentação da denúncia.

Ex-presidente foi acusado de cinco crimes. São eles: organização criminosa armada, abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. A pena máxima, caso seja condenado, pode chegar a 46 anos de prisão.

Bolsonaro esteve no Senado na tarde de ontem, e ironizou a denúncia da PGR, que ainda não havia sido publicada. "Eu não tenho nenhuma preocupação. Zero!", respondeu o ex-presidente ao ser questionado sobre o assunto.

"Não tenho preocupação nenhuma", diz Bolsonaro

O ex-presidente disse que não está preocupado com a possibilidade de processo judicial. Ele foi curto e grosso ao ser questionado sobre o assunto. "Eu não tenho nenhuma preocupação. Zero!"

Bolsonaro criticou o trabalho das autoridades que investigam sua suposta participação na tentativa de golpe de Estado. Ele reclamou que não sabe o que há na investigação. Citou falta de acesso à delação do tenente-coronel Mauro Cid e à minuta de golpe. O ministro do STF Alexandre de Moraes negou esta afirmação do ex-presidente.

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As declarações ocorreram no Senado. O ex-presidente se reuniu com senadores da oposição e não se prolongou nos comentários a respeito da possibilidade de problemas judiciais.

Bolsonaro tenta transmitir tranquilidade, mas voltou a atacar a Justiça Eleitoral às vésperas da denúncia. No final de semana, o ex-presidente acusou o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), sem provas, de receber dinheiro de outros países para fazer uma campanha incentivando jovens a tirar o título de eleitor.

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