Kotscho: delação é ponto de partida; Bolsonaro será preso por nº de provas

A delação de Mauro Cid, antigo ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes do processo que apura a tentativa de golpe no dia 8 de Janeiro, em 2023, avaliou o colunista Ricardo Kotscho no UOL News, do Canal UOL, nesta quinta-feira (20).

A delação do Mauro Cid é impressionante, mas é apenas o ponto de partida das investigações. Ricardo Kotscho, colunista do UOL

Cid foi preso preventivamente em março de 2024, quando áudios divulgados pela revista Veja mostraram ataques dele à corporação e ao STF. Depois, fez o acordo de delação com a Justiça para garantir sua soltura. A delação do tenente também subsidia outras investigações contra o ex-presidente, como a que apura fraude nos cartões de vacinação da covid-19 dele e de familiares, bem como a venda de joias e relógios entregues à Presidência por autoridades estrangeiras.

Nesta quarta, Moraes derrubou o sigilo da delação premiada de Cid e, na manhã de hoje (20), tornou públicos os vídeos das audiências. O tenente-coronel foi pessoalmente ao Supremo acompanhado de seus advogados.

Ao Canal UOL, Kotscho disse que os acusados foram deixando rastros que se aproximam de Bolsonaro e que, por isso, o ex-presidente será preso por excesso de provas.

Ele [Bolsonaro] estava na reunião com os comandantes militares, depois ele estava em diversas ocasiões, agora aparece essa mensagem citada pelo Gonet do Mauro Cid.

Não é uma simples teoria do domínio do fato e desmente muita coisa da defesa dizendo que está tudo na delação do Mauro Cid. Não é verdade. Bolsonaro vai acabar sendo condenado por excesso de provas. Ricardo Kotscho, colunista do UOL

Sakamoto: 'delação mostra clima cordial'

No UOL News, o colunista Leonardo Sakamoto afirmou que as imagens da delação de Cid mostram um ambiente de cordialidade e sem tortura psicológica.

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Pelo material que a gente acompanhou, o vídeo é de cordialidade. Existe uma relação cordial. Ninguém é claro está oferecendo bolo ou servindo chá da tarde. Ele está sendo acompanhado e assistido por seus advogados, a audiência conta com a presença do Paulo Gonet, procurador-Geral da República, tudo dentro da normalidade.

[No depoimento] Não está se colocando palavras na boca de ninguém, não há instrumentos medievais de tortura, nem técnicas avançadas de tortura psicológica, como algumas pessoas alegaram. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

Assista ao trecho no vídeo abaixo:

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Veja a íntegra do programa:

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