Silvio Almeida é intimado a depor na PF na próxima semana
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O ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida foi intimado a depor na Polícia Federal na próxima terça-feira (25) para concluir a investigação sobre as suspeitas de que ele cometeu importunação sexual.
O que aconteceu
Apesar da intimação, a defesa de Almeida pediu prorrogação para ter acesso ao conteúdo integral do inquérito. Na última terça-feira (18), o ministro André Mendonça, do STF (Supremo Tribunal Federal) deu 60 dias para a Polícia Federal concluir a investigação.
O ex-ministro ainda precisa ser ouvido antes de a PF apresentar o relatório final sobre a investigação, o que pode ocorrer antes do prazo de 60 dia. Mendonça também determinou, antes de prorrogar o inquérito, que fosse dado acesso a toda a investigação para a defesa de Almeida, antes que ele preste depoimento.
O ex-ministro sempre negou as acusações. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, depôs sobre o caso em outubro do ano passado, e outras vítimas também já prestaram depoimentos. A investigação tramita sob sigilo, com as identidades das vítimas preservadas.
Relatos até o momento são considerados "robustos". Fontes ligadas à investigação apontam que os elementos colhidos pela PF são bem detalhados e suficientes para embasar uma denúncia contra o ex-ministro por importunação sexual. A análise caberá à PGR (Procuradoria-Geral da República), depois do relatório final.
O ex-ministro foi demitido após o escândalo. As denúncias reveladas pela imprensa levaram à demissão do titular da pasta de Direitos Humanos, que foi uma escolha pessoal do presidente Lula e era reconhecido por sua atuação e formação acadêmica na área. Ele foi substituído por Macaé Evaristo (PT).
No último dia 15, o ex-ministro anunciou que retomará suas atividades no mercado editorial e em seu canal do YouTube. "Se o morto levanta, acabou o velório", disse. "Tentaram me matar. Mas não deu certo", continuou.