Kotscho: Moraes fez muito bem ao lembrar que Brasil deixou de ser colônia
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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes fez muito bem ao lembrar que o Brasil deixou de ser colônia, afirmou o colunista Ricardo Kotscho no UOL News, do Canal UOL, nesta quinta-feira (27).
O Alexandre de Moraes fez muito bem hoje de lembrar que o Brasil deixou de ser colônia em sete de setembro de 1822. Porque esse pessoal [da direita] está agindo como se a gente ainda fosse uma colônia. Ricardo Kotscho, colunista do UOL
O Comitê Judiciário, do Congresso americano, aprovou na quarta (26) um projeto de lei que cria sanções contra o ministro Alexandre de Moraes. O projeto foi batizado de "No Censors on our Shores Act" e foi protocolado em setembro do ano passado. Ele estabelece a deportação e o veto de entrada nos EUA a qualquer estrangeiro que atue contra a liberdade de expressão, violando a Primeira Emenda da Constituição dos EUA.
A articulação política está sendo realizada entre bolsonaristas e deputados da base conservadora americana. Após a aprovação no comitê, a lei ainda precisa passar por votação no plenário do Congresso americano.
Nesta quinta, Moraes disse que o Brasil deixou de ser colônia em 1822 e citou a construção de uma república independente e cada vez melhor. Foi a primeira manifestação pública do magistrado após a aprovação do projeto de lei nos Estados Unidos.
Ao Canal UOL, Kotscho disse que a mobilização bolsonarista em aliança com parlamentares republicanos tem um motivo.
O que está por trás de tudo isso é o julgamento do [ex-presidente Jair] Bolsonaro e dos outros golpistas que deve acontecer ainda este ano no Brasil.
Há muito tempo que o Eduardo Bolsonaro e outros parlamentares bolsonaristas, desde a posse do Donald Trump, estão fazendo um movimento forte para que os Estados Unidos resolvam o problema do pai dele. Que deve ser julgado esse ano e, muito provavelmente, será condenado e preso. Ricardo Kotscho, colunista do UOL
Na semana passada, a PGR denunciou Bolsonaro e mais 33 pessoas por tentativa de golpe de Estado em 2022. O ex-presidente é acusado de cinco crimes: organização criminosa armada, abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. O julgamento deve ocorrer ainda este ano na 1ª Turma do STF.
Esse é o desespero da turma bolsonarista, que sabendo que aqui a condenação é inevitável, eles estão procurando apoio externo, e daí vem a denúncia do PT contra o Eduardo Bolsonaro.
Um deputado por São Paulo, eleito aqui por São Paulo, que vive indo para os Estados Unidos para pedir apoio de um outro país em uma questão interna nossa, em que o ministro Alexandre de Moraes, já há bastante tempo, está mostrando os abusos das big techs que hoje mandam no governo americano.
É isso que está em jogo. É o julgamento do Bolsonaro aqui. (...) É realmente inacreditável. Eu nunca vi nada parecido. Ricardo Kotscho, colunista do UOL
Landim: Trégua é reflexo do pragmatismo de Lula e Tarcísio de Freitas
A trégua na briga política é reflexo de um pragmatismo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), avaliou a colunista Raquel Landim no UOL News. Os dois participaram, juntos, do lançamento do edital da construção do túnel Santos-Guarujá.
O Lula e o Tarcísio são políticos pragmáticos e percebem isso, entendem isso. E fizeram um acordo ali. Com as eleições se aproximando, a gente vai ver eles cada vez mais separados, radicalizando posições. A polarização estimula isso para você separar e mobilizar em relação ao candidato que você está defendendo.
No caso, o Lula para a própria reeleição, e o Tarcísio a gente não sabe bem até quando o Bolsonaro vai, se vai ou não ser candidato. Mas eles conseguem enxergar isso e buscar essa trégua para poderem emplacar uma obra como essa. Eu acho extremamente positivo. Raquel Landim, colunista do UOL
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