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Tales: EUA podem fazer Moraes e Dino potenciais candidatos à Presidência

As brigas judiciais entre o governo dos EUA e o STF (Supremo Tribunal Federal) podem resultar no fortalecimento dos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino, que começam a ser vistos como potenciais candidatos à Presidência, afirmou o colunista Tales Faria no UOL News desta sexta (28).

Ontem, Moraes disse que o Brasil deixou de ser colônia e reforçou a soberania do país. As declarações aconteceram um dia após a votação de um projeto de lei nos EUA com sanções que podem afetar o ministro. Já o ministro Gilmar Mendes minimizou o embate.

Gilmar Mendes está sendo excessivamente otimista. Essa comissão que aprovou a decisão de bloquear a entrada de Alexandre de Moraes nos EUA equivale a uma Comissão de Constituição e Justiça e é forte. Esse assunto será submetido ao plenário lá e tem tudo para ser referendado. É um problema que de fato será real entre Brasil e EUA.

Em isto ocorrendo, o STF tem sido o grande defensor da democracia e das liberdades no Brasil, atacando quem as ataca. Há duas figuras no Supremo que estão se fortalecendo muito. Na medida em que os EUA ataquem Moraes, eles se tornam mais fortes internamente aqui, como um pilar de resistência aos ataques externos.

Além de Moraes, fala-se muito no Congresso de Flávio Dino, atacando a questão das emendas parlamentares. No meio político, essas duas figuras começam a ser vistas com potencial eleitoral. Os EUA podem fazer de Moraes um possível candidato à Presidência, assim como Dino também está sendo colocado desta forma. Tales Faria, colunista do UOL

Para Tales, além de Moraes, Dino desponta por seu papel destacado em defesa da democracia.

Hoje, o STF está no foco da resistência democrática no Brasil. Essas duas figuras são muito importantes e estão tendo muita luz.

Por um lado, os EUA podem nos criar sérios problemas diplomáticos. Por outro, podem estar criando um candidato à Presidência contra eles. Tales Faria, colunista do UOL

Brasil reagiu aos EUA de maneira desproporcional, diz ex-embaixador

Houve uma reação exagerada do Brasil aos ataques do governo dos Estados Unidos ao STF, avaliou o ex-embaixador Rubens Barbosa em entrevista ao UOL News.

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Nós reagimos de maneira muito desproporcional a uma nota genérica, que não foi feita pelo governo americano, mas por um setor do Departamento de Estado. Essa nota deveria ter sido respondida no mesmo nível, e não elevar a resposta.

Na minha visão, se o governo avaliasse que a nota do Departamento do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado merecesse ser respondida, quem deveria fazer isso era o STF e o ministro Alexandre de Moraes, como ele fez ontem.

O pronunciamento de Moraes deveria ter sido feito anteontem, e não a nota do Itamaraty, que politizou o assunto. A nota do departamento dos EUA é genérica e se refere a todos os países, inclusive o Brasil, que é mencionado de passagem. Rubens Barbosa, ex-embaixador

Assista ao comentário na íntegra:

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