Governo destaca ações na área de meio ambiente e se defende de críticas
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Ações de enfrentamento a incêndios e a redução nos índices de desmatamento em diferentes biomas foram alguns dos pontos destacados pelo Governo Federal em resposta à reportagem do UOL sobre os problemas enfrentados hoje pelo país na área de meio ambiente.
O que aconteceu
Brasil é criticado por cientistas e especialistas. Bandeira eleitoral de Lula e depois vitrine do governo no exterior, a conservação ambiental no Brasil decepciona cientistas às vésperas da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, a COP30, que acontece em novembro no Pará.
"Em 2024, o Brasil enfrentou a seca de maior extensão e intensidade dos últimos 74 anos", afirmou o governo. "Diante desse cenário, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) intensificou suas ações de enfrentamento aos incêndios florestais", informa o texto.
Estratégia envolveu articulação com empresas, estados e municípios. Além do enfrentamento, ações de prevenção contra incêndios também foram adotadas — como portaria assinada em março pela ministra Marina Silva que permitiu a contratação emergencial de brigadistas e estabeleceu diretrizes de combate às chamas.
Resolução aprovada em fevereiro orienta uso de queimadas por unidades de conservação e imóveis rurais. Pelas regras estabelecidas pelo Comitê Nacional de Manejo Integrado do Fogo, os estados terão dois anos para desenvolver seus planos de manejo integrado do fogo.
O planejamento do MMA para 2025 inclui a mobilização de 231 brigadas florestais federais: 116 do Ibama, com 2.600 brigadistas, e 115 do ICMBio, com 1.758 brigadistas. Além desses profissionais, 250 servidores efetivos dos dois órgãos também atuarão, totalizando 4.608 combatentes e um aumento de 25% em relação a 2024.
Governo Federal, em nota enviada ao UOL
Dinheiro do Fundo Amazônia foi destinado a bombeiros de seis estados. Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará e Roraima receberam R$ 45 milhões "destinados ao apoio das corporações que combatem incêndios". Além deles, Acre e Rondônia "obtiveram operações contratadas nos valores de R$ 21,7 milhões e R$ 34 milhões, respectivamente".
COP30 no horizonte
Bandeira eleitoral de Lula e depois vitrine do governo no exterior, a conservação ambiental no Brasil decepciona cientistas às vésperas da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, a COP30. O evento acontece em novembro no Pará.
Cerrado, pantanal e mata atlântica também registraram queda no desmatamento. No caso do cerrado, a redução tem sido contínua desde 2023. Já em relação ao pantanal, "os dados indicam um declínio expressivo e consistente do desmatamento". Na Mata Atlântica, os dados apontam redução no problema desde 2023.
Nota defende BR-319 e Ferrogrão. Para governo, rodovia "desempenha um papel essencial e humanitário" na Amazônia e permitirá "desenvolvimento socioeconômico da região". Já a ferrovia "visa transformar a logística do agronegócio brasileiro, reduzindo a dependência do modal rodoviário e, consequentemente, a emissão de poluentes".
Em ambos os casos, governo afirma que obras foram analisadas por grupos de estudo. Em relação à BR-319, a equipe "consolidou estudos e diálogos com diversos setores da sociedade" e avaliou "soluções que conciliem a conectividade da região com a proteção ambiental". Já na Ferrogrão, o grupo desenvolveu "avaliações técnicas rigorosas, garantindo que os aspectos socioambientais fossem considerados".
Texto menciona ainda a exploração de petróleo na Margem Equatorial. "O presidente Lula tem afirmado que o país não pode prescindir de conduzir pesquisas para descobrir o potencial da exploração de petróleo na região, mas tem defendido de forma reiterada que a questão passa, obrigatoriamente, pelo cumprimento de todos os requisitos ambientais e que o processo será conduzido a partir do posicionamento do Ibama", afirma a nota.