Após Gusttavo Lima, Felipe Neto diz que será pré-candidato à Presidência
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O influenciador digital Felipe Neto disse hoje, em um vídeo publicado nas redes sociais, que será candidato à Presidência da República.
O que aconteceu
Felipe Neto anunciou pré-candidatura em um vídeo. "Após esse período de profunda reflexão e estudos documentados no meu diário, que me acompanha desde o começo dessa jornada, eu anuncio a minha pré-candidatura à Presidência da república. E esse não é um gesto de vaidade, porque eu construí financeiro e na comunicação que já me alimenta o estômago e o ego pro resto da vida", disse. Ele não é filiado a nenhum partido — para se candidatar, é necessário se filiar.
Em fevereiro, o influenciador disse que não falaria mais sobre política nas redes sociais. Na ocasião, ele disse que não possui pretensão politica. "Não tenho nenhuma pretensão de ser político, nenhuma intenção de seguir uma carreira nesse caminho e era para isso que a vida tava encaminhando. Eu tava meio perdido."
No vídeo de hoje, ele afirmou que evitou posicionamentos políticos porque "precisava ter um olhar de fora". "Eu quero ser presidente porque, embora eu seja um homem de fora da política, eu tenho ao meu lado a maior arma do nosso tempo, o uso das redes", disse.
No mesmo vídeo, Felipe Neto anunciou a criação de uma nova rede social. Segundo ele, a plataforma seria como um "ministério da verdade" que ajudaria a entender as verdadeiras necessidades da população.
Influenciador apoiou Lula na campanha de 2022 e costumava discutir com bolsonaristas nas redes sociais. O UOL questionou a assessoria de imprensa do influenciador, que se limitou a responder que em breve haverá "mais novidades e informações".
Declaração ocorre após desistência de Gusttavo Lima a ser candidato em 2026. O cantor informou que seria candidato, conversou com alguns partidos e até teve seu nome anunciado em uma futura chapa com o governador Ronaldo Caiado (União Brasil). Dias depois, ele recuou e anunciou que havia desistido da ideia.
Apoio e críticas a Lula
Em 2022, Felipe Neto declarou publicamente seu apoio a Lula (PT). Dias antes do primeiro turno das eleições de 2022, o youtuber fez uma publicação no Instagram ao lado do então candidato petista, onde aparece sorrindo e fazendo o "L", gesto característico feito pelos apoiadores do presidente.
"Até 2017 eu odiava o Lula", afirmou o youtuber na época das eleições. "Eu nunca escondi isso. Teci muitos xingamentos, muitas ofensas ao Lula, ao PT e à Dilma. Nunca me perseguiram por isso, nem uma única vez. Mudei de ideia e de opinião quando eu passei a estudar o que tinha acontecido na Operação Lava Jato, por que o Lula tinha sido preso e por que o golpe tinha acontecido na Dilma."
Após Lula ser eleito, Felipe Neto admitiu que não votaria no atual presidente se o cenário político não estivesse tão "polarizado". "Eu tenho as minhas críticas ao governo Lula. Acredito que os acertos superam os erros, mas se nós não tivéssemos um cenário polarizado, talvez eu não votasse no Lula. Mas dentro desse cenário, seja lá quem eles devam colocar (Tarcísio de Freitas, Michelle Bolsonaro), eu faço o que for preciso para evitar que essa escória volte ao poder.", disse ele, em entrevista ao UOL em abril do ano passado.
A escolha de Cristiano Zanin para o STF (Supremo Tribunal Federal) foi alvo de críticas do youtuber. "Eu diria que Lula tem um grande problema, grandessíssimo problema. Dentro do 'mundo romântico' seria um 'dedo podre' para indicar pessoas. É impressionante a dificuldade do Lula, tipo o ministro Zanin. Para mim, um dos maiores erros do Lula até agora. Colocou um ultraconservador no Supremo Tribunal Federal."
Além da escolha para o STF, o youtuber também criticou como a comunicação do governo era gerida - antes da troca de Paulo Padilha por Sidônio Palmeira. "Tem muitos influenciadores progressistas, que conseguem muitas visualizações, mas que eu nunca vi o governo tentar uma comunicação, uma aproximação, tentar entender como. Me incomoda a ausência digital do governo em uma comunicação um pouco mais jovem. Então, eu acho que precisa dar uma sacudida dentro da Secom ou onde quer que seja."