Sakamoto: Lula cutuca Bolsonaro ao negar bater continência a outra bandeira
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Ao responder ao movimento dos Estados Unidos, que elevaram as tarifas para produtos de vários países, o presidente Lula (PT) cutucou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao dizer, em discurso hoje, que o Brasil vai defender os seus interesse e não irá bater continência a outras bandeiras, afirmou o colunista Leonardo Sakamoto no UOL News, do Canal UOL.
[O Lula] Deu a entender que há patriotas de verdade, que se guiam pelos interesses do Brasil, e os de mentira, que atendem aos interesses de outros países. A cutucada coloca Bolsonaro nesse segundo grupo. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
A reação de Lula ocorre um dia após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aumentar as tarifas de importação para produtos do mundo inteiro —inclusive com 10% de tarifa mínima aos produtos brasileiros. Ao falar sobre continência, o petista se referia a Bolsonaro, que bateu continência para a bandeira norte-americana em mais de uma ocasião.
E não à toa, o Lula, sem citar o nome, deu um hadouken [golpe fictício que surgiu no jogo de videogame Street Fighter] em Bolsonaro, quando ele criticou quem bate continência para a bandeira que não seja a verde e amarela. E, neste caso, bater a continência vai muito além de fazer o gesto. Ele falou sobre agir de modo subserviente a outro país. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
Sakamoto: 'Governo está aprendendo a se comunicar com discurso curto'
No discurso, Lula afirmou que o Brasil vai tomar "todas as medidas cabíveis" para defender o País após a iniciativa de Trump, e que a atuação terá como referência a lei da reciprocidade econômica aprovada pelo Congresso e as diretrizes da OMC (Organização Mundial do Comércio).
Ao Canal UOL, Sakamoto analisou o discurso enxuto —algo raro nas falas do presidente— e o que essa mudança representaria.
O discurso, enxuto, acenando aos interesses nacionais e à classe média, indica que o governo está aprendendo a se comunicar. A ideia é menos o conteúdo em si e mais se manter em evidência, como o próprio Bolsonaro fazia, sequestrando a atenção pública.
Discursos curtos, que podem ser transmitidos integralmente por canais on-line e pelas centrais de notícias e cabem até no Jornal Nacional, são parte dessa estratégia. Isso é mais do que o meio sendo a mensagem, como explicou o teórico da comunicação Marshall McLuhan. Manter o canal de comunicação aberto é a mensagem. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
Josias: 'Crescimento de Tarcísio nas pesquisas pressiona Bolsonaro'
O crescimento do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), pode pressionar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a tomar uma decisão sobre o candidato que irá apoiar nas eleições do ano que vem, avaliou o colunista Josias de Souza no UOL News, do Canal UOL.
Essa pesquisa, a exemplo de outras que vem sendo divulgadas, pressionam o Bolsonaro a tomar uma decisão. O Bolsonaro não é o Lula. Lá atrás, em 2018, o Lula (que também estava inelegível) empurrou a sua candidatura. Agora, o Bolsonaro tem menos condições de fazer isso, porque, se fizer, ele perderá a oportunidade de ter um candidato competitivo. Josias de Souza, colunista do UOL
A Quaest simulou cenários eleitorais entre Lula e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), o ex-coach Pablo Marçal (PRTB), o deputado Eduardo Bolsonaro (PL), os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil).
Tarcísio cresceu 11% nos três últimos levantamentos feitos pelo instituto: subiu de 26% para 37%. O nome dele aparece como um dos favoritos para disputar a eleição presidencial no lugar de Bolsonaro, que foi declarado inelegível por oito anos devido à reunião com embaixadores em julho de 2022, a pouco mais de dois meses das eleições. Bolsonaro ainda não deu o seu veredicto. Tarcísio tem dito que não pretende se candidatar à presidência.
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