Espionagem no Paraguai: para que a Abin serve e como ela funciona?

O UOL revelou que a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) realizou uma ação hacker contra autoridades do Paraguai. A operação envolveu a invasão de dispositivos eletrônicos para obter informações sigilosas relacionadas à negociação de tarifas da usina hidrelétrica de Itaipu, e teria sido planejada no fim do governo de Jair Bolsonaro, sendo executada na gestão de Lula.

O governo brasileiro negou envolvimento e reforçou o compromisso com a soberania dos países vizinhos. Mesmo assim, o Paraguai reagiu chamando de volta seu embaixador e exigindo explicações detalhadas sobre o ocorrido. Nos Estados Unidos, o episódio é visto como uma oportunidade para fortalecer sua influência na região, apresentando-se como aliado estratégico de Assunção.

O que é a Abin?

Órgão de inteligência do Brasil. A Abin é a agência central do Sisbin (Sistema Brasileiro de Inteligência) e atua sob a presidência da República.

Responsável por informação estratégica. Fornece análises para o presidente e seus ministros, apoiando decisões sobre segurança nacional, relações internacionais e políticas públicas.

Atua em múltiplos setores. Monitora ameaças à segurança do Estado, protege infraestruturas críticas, combate a espionagem e acompanha questões como terrorismo e crimes transnacionais.

Para que serve a Abin e quando foi criada?

Criada por lei em 1999. A Agência foi estabelecida pela Lei 9.883, de 7 de dezembro de 1999, com o objetivo de centralizar as atividades de inteligência do país.

Função estratégica na segurança do Brasil. Garante que o governo tenha informações confiáveis para prevenir ameaças e proteger os interesses nacionais.

Atua sem vínculo partidário. É um órgão de Estado, e não de governo, o que significa que sua atuação deve seguir diretrizes institucionais, independentemente da gestão política.

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Como são feitas as atividades de inteligência da Abin?

Coleta e análise de informação. A Abin obtém dados estratégicos e os analisa para subsidiar decisões governamentais.

Monitoramento de riscos. Identifica ameaças à soberania nacional, espionagem estrangeira, terrorismo, segurança digital e proteção de dados sensíveis.

Atua dentro da legalidade. Suas operações devem respeitar direitos fundamentais, garantindo o cumprimento da legislação e das normas democráticas do Brasil.