Colostomia, hérnia: relembre cirurgias de Bolsonaro após facada em 2018

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Internado no hospital Rio Grande, em Natal (RN), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será transferido para Brasília na tarde de hoje. Desde que levou uma facada no abdome, em setembro de 2018, ele já passou por ao menos cinco cirurgias relacionadas ao ferimento.
Histórico de cirurgias de Bolsonaro
6 de setembro de 2018
Horas após ser esfaqueado durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG), Bolsonaro passou por uma cirurgia de alta complexidade de cerca de duas horas. Foi preciso abrir o abdome para "vasculhar a região até chegar ao diagnóstico", disse o médico Igor Vieira na época. O político sofreu uma lesão em uma veia abdominal, mas o ferimento mais grave ocorreu no intestino grosso. Os médicos precisaram realizar uma colostomia, quando uma bolsa é acoplada ao abdome.
12 de setembro de 2018
O então candidato à presidência foi submetido a uma cirurgia de emergência por causa de uma obstrução do intestino delgado. Após o procedimento, que durou pouco mais de uma hora, Bolsonaro foi reencaminhado para a UTI do hospital Albert Einstein, em São Paulo.
28 de janeiro de 2019
Na ocasião, o procedimento de cerca de sete horas foi para retirar a bolsa de colostomia. O procedimento ocorreu sem intercorrências ou necessidade de transfusão de sangue.
8 de setembro de 2019
O ex-presidente fez uma cirurgia para correção de uma hérnia incisional, decorrente de sucessivos procedimentos invasivos na região abdominal. Considerado de médio porte, o procedimento durou cerca de cinco horas e já era esperado pela equipe médica.
12 de setembro de 2023
Ele foi submetido a um conjunto de cirurgias nos aparelhos digestivo e respiratório, que ocorreram de forma "satisfatória", conforme o hospital. Bolsonaro passou por uma endoscopia digestiva para tratar um quadro de refluxo gástrico, uma septoplastia (correção do septo nasal) e demais procedimentos na região oro-nasal, conforme detalhado no boletim médico.
Episódios recorrentes
Quadro atual é "mais exuberante". Em coletiva de imprensa na manhã de hoje, Cláudio Birolinii, médico de Bolsonaro, disse que o ex-presidente tem tido episódios recorrentes de obstrução gastrointestinal. O quadro, segundo ele, é característico de quem já passou por diversas intervenções cirúrgicas, mas o atual é mais "exuberante" que os anteriores, pois há mais dor e mais distensão abdominal.
Por enquanto, está descartada uma nova cirurgia de urgência ou emergência. Caso seja necessária, o médico disse que será "um desafio maior" devido aos procedimentos anteriores, "mas perfeitamente factível". "Na eventualidade de uma nova cirurgia, o objetivo será a reversão desse quadro que vem causando oclusões intestinais periódicas."
Bolsonaro começou a ter sintomas na quinta-feira à noite. Ontem de manhã, ele teve uma discreta melhora e seguiu com compromissos no Nordeste, mas no decorrer do dia, sentiu forte dor e foi transferido para o hospital Rio Grande.
Político, família e médico decidiram pela transferência para Brasília. Segundo o médico Luiz Roberto Fonseca, do hospital Rio Grande, a proximidade com a família foi fator "preponderante" para a decisão. A decolagem será do Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante, na Região Metropolitana de Natal, e a previsão é que aconteça às 15h.
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