Bolsonaro segue estável e sem dor e caminha no hospital; veja vídeo

Bolsonaro deve iniciar fisioterapia motora e respiratória. Segundo os médicos, ele precisa caminhar e sentar para trabalhar o funcionamento do pulmão e evitar quadros como pneumonia ou trombose.

Ex-presidente continua sem receber visitas de amigos, conforme o boletim. Em coletiva de imprensa ontem, a equipe médica explicou que as 48 horas do pós-cirurgia são "as mais delicadas", porque o corpo pode dar respostas inflamatórias importantes após um procedimento complexo como o dele. Por isso, é necessário evitar situações que levem a uma piora do quadro. Bolsonaro está acompanhado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e do filho, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ).

Boletim divulgado na tarde de ontem já havia informado boa evolução clínica. O ex-presidente não teve dor, sangramentos ou outras intercorrências e se sentou no leito e iniciou "deambulação (caminhada) assistida".

Cirurgia é a sexta desde a facada que o ex-presidente sofreu na campanha eleitoral de 2018. Na avaliação dos médicos, o resultado da cirurgia de domingo, uma das mais complexas, foi "excelente", mas a recuperação será lenta. Será preciso esperar o intestino desinflamar e, neste primeiro momento, a nutrição será feita por meio da veia.

Médicos relataram ter encontrado a parede abdominal de Bolsonaro "bastante danificada". "O presidente tinha um abdômen hostil, com muitas cirurgias prévias, aderências causando um quadro de obstrução intestinal. Uma parede abdominal bastante danificada em função da facada e das cirurgias prévias", disse Cláudio Biroloni, chefe da equipe médica.

Bolsonaro publicou hoje nas redes sociais que a cirurgia de domingo foi o "procedimento mais invasivo que aconteceu". O ex-presidente publicou uma foto em que aparece num quarto de UTI e disse que está "concentrado" na recuperação. Ele ainda agradeceu aos amigos pela "compreensão" da proibição de visitas neste momento do pós-operatório.