PL da anistia: dirigente do PSDB faz apelo para 5 tucanos retirarem apoio
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O presidente do diretório municipal de São Paulo do PSDB, José Anibal, fez um apelo nas redes sociais para que cinco deputados do partido que assinaram o pedido de urgência do projeto de anistia aos condenados do 8 de Janeiro retirem seus nomes do requerimento.
O que aconteceu
O ex-senador afirmou que fundadores do PSDB foram perseguidos e cassados pelo regime militar. "Para nós, democracia é um valor absoluto. No dizer de Ulysses Guimarães, traidor da Constituição é traidor da pátria", escreveu o presidente do diretório municipal.
Dos 13 deputados tucanos, cinco assinaram o pedido de urgência. São eles: Beto Pereira (MS), Beto Richa (PR), Daniel Trzecial (RS), Geovania de Sá (SC) e Lucas Redecker (RS).
Sem citar nomes, Aníbal disse ao UOL que um dos deputados falou que vai retirar a assinatura. "Compartilhar com os amigos a expectativa de que os cinco deputados federais do PSDB, e outros parlamentares de partidos comprometidos com a democracia, que assinaram o projeto de anistia aos golpistas que atentaram contra a Constituição e as instituições democráticas que retirem suas assinaturas."
O tucano afirmou que apoiar uma revisão das penas é diferente de defender a anistia. "É inaceitável [apoiar a anistia]. É absolutamente contrario as nossas convicções", disse o presidente do diretório municipal.
Compartilhar com os amigos a expectativa de que os cinco deputados federais do PSDB, e outros parlamentares de partidos comprometidos com a democracia, que assinaram o projeto de anistia aos golpistas que atentaram contra a Constituição e as instituições democráticas, ?
-- José Aníbal (@jose_anibal) April 15, 2025
Pedido de urgência foi protocolado ontem pela liderança do PL com 262 assinaturas. A deputada Helena Lima (MDB-RR) retirou seu apoio dez minutos antes de o pedido ser apresentado no sistema da Câmara dos Deputados.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que "não decide sozinho" as pautas que devem avançar no plenário. Apesar do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro ter protocolado o requerimento de urgência, Motta não é obrigado a pautar o requerimento. Ele tem sido pressionado pela legenda a colocar o tema em votação.
Se for aprovado na Câmara, o projeto tem também de passar pelo Senado. A proposta precisa ser analisada nas duas Casas legislativas. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), ainda não demonstrou interesse em avançar com o texto.
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