'Achei melhor', diz Sidônio sobre ter tirado aliada de Janja do Planalto

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O ministro Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação da Presidência) afirmou que fez as "mudanças que achou melhor" ao chegar ao governo e tirar a aliada da primeira-dama Janja foi do comando das redes sociais do Planalto.
O que aconteceu
"Entrei e fiz as mudanças que achei melhor. Quando você chega a um lugar, você monta uma equipe", disse o chefe da Secom. A declaração foi dada ao jornal O Globo. Logo após Sidônio assumir a pasta, em janeiro, o presidente Lula (PT) demitiu Brunna Rosa da chefia da Secretaria de Estratégias e Redes da Secom.
Brunna coordenou a comunicação digital da campanha de Lula em 2022. Ela foi substituída por Mariah Queiroz Costa Silva, responsável anteriormente pelas redes sociais do prefeito de Recife, João Campos (PSB).
Governo deveria ter mostrado melhor "qual herança encontrou" após o governo de Jair Bolsonaro (PL), afirmou o ministro. "Quando o governo assumiu, faltou comunicar qual herança encontrou. Como estava a educação? E a saúde? De que maneira enfrentamos a pandemia de um jeito caótico? Estivemos diante de um país destruído, com muitos programas encerrados. Havíamos retornado para o Mapa da Fome. Tudo na vida é uma questão de referência. Se você tem um copo que está pela metade, mas não diz que ele estava vazio antes, a metade vai ser considerada pouco."
Para ministro, faltam chegar ao público as conquistas do governo, como o Pé-de —Meia. "A gestão também já tem entregas, o governo fez muita coisa nesses dois anos. Voltamos a ser a décima economia do mundo. Foram tiradas 24 milhões de pessoas da Fome, quase um estádio de futebol por dia. O Mais Médicos dobrou, o Pé-de-Meia é um programa que atinge milhões de jovens e tem uma porta de saída, não sendo apenas uma política pública inerte. Ainda falta a informação de tudo isso chegar na ponta para a percepção das pessoas mudar."
Após Lula chamar Kristalina Georgieva, que dirige o FMI (Fundo Monetário Internacional) desde 2019, de "mulherzinha", Sidônio afirma que isso faz parte da "naturalidade" dele. "Todo mundo que se comunica está sujeito a algumas situações. Ele não pode perder a naturalidade e o jeito dele ser. O presidente é o maior comunicador do governo."
Na "crise do Pix", ficou "difícil correr atrás" das críticas da direita que viralizaram nas redes sociais, segundo Sidônio. "Qualquer medida que envolva milhões de pessoas tem que ser bem comunicada para que a informação correta ocupe o espaço. Esta é a melhor forma de combater as fake news. Neste caso, a medida, que era positiva, não foi devidamente informada, e a mentira tomou conta. Ficou difícil correr atrás."
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