STF terá R$ 27,4 milhões para reforçar segurança após atentado a bomba
O STF (Supremo Tribunal Federal) obteve um crédito extraordinário de R$ 27,4 milhões para reforço de segurança após o atentado a bomba de novembro em Brasília.
O que aconteceu
Valor foi aprovado em dezembro pela Corte. Hoje (17), o crédito foi liberado pelo presidente Lula (PT) via medida provisória publicada no DOU (Diário Oficial da União).
Reforço foi solicitado após atentado. O pedido ocorreu semanas depois de um artefato explosivo ser lançado contra o prédio do STF, sem deixar feridos, mas elevando o nível de alerta entre os ministros.
Montante é utilizado, principalmente, para investimentos em tecnologia. Em pedido assinado pelo presidente da Suprema Corte, Luís Roberto Barroso, é apontada como prioridade a modernização da infraestrutura de segurança do STF.
Equipamento antidrone é o item mais caro da lista, com custo estimado de R$ 12 milhões. Ele terá alcance de 2 quilômetros e também atenderá CNJ (Conselho Nacional de Justiça), TSE (Tribunal Superior Eleitoral), STJ (Superior Tribunal de Justiça) e TST (Tribunal Superior do Trabalho), segundo relatório técnico do STF.
Os R$ 27, 4 milhões serão gastos em:
- Equipamento antidrone: R$ 12 milhões
- Nomeação de 40 agentes de polícia judicial: R$ 7 milhões
- 19 conjuntos de aparelhos de raio-X e detectores de metais: R$ 5,7 milhões
- Dez pinos hidráulicos: R$ 1,2 milhões
- 70 rádios comunicadores: R$ 425 mil
- Munições de treino (60 mil): R$ 360 mil
- Licença de software de segurança: R$ 221 mil
- Drone autônomo: R$ 150 mil
- Duas câmeras termais: R$ 120 mil
- Espectrômetro de massa: R$ 95 mil
- 75 coldres e porta carregadores: R$ 56 mil
- Três guaritas: R$ 30 mil
Relembre o atentado

Explosões ocorreram por volta das 19h30, em 13 de novembro. O autor do atentado foi identificado como Francisco Wanderley Luiz. Ele teria circulado pelo anexo 4 da Câmara durante o dia, segundo informação dada aos deputados pelo chefe de segurança da Casa. O local abriga a maioria dos gabinetes dos parlamentares. A entrada no prédio é liberada para qualquer pessoa. Os visitantes precisam passar por um detector de metal, mas não há revistas.
Câmara estava em votação no momento da explosão no estacionamento. Os deputados discutiam a PEC (Projeto de Emenda à Constituição) que amplia a imunidade tributária das igrejas. Com a notícia das explosões, parlamentares reclamaram da continuidade da sessão apesar da "banalização da violência e dos ataques de 8 de janeiro", em referência aos atos ocorridos também na praça dos Três Poderes.
Francisco Wanderley Luiz morreu de traumatismo cranioencefálico. Uma tomografia apontou uma fratura extensa decorrente dos explosivos que o próprio autor do atentado acionou.
Oito bombas improvisadas foram encontradas na casa alugada pelo autor do atentado. A PF identificou que elas haviam sido montadas com pólvora e fragmentos metálicos, como porcas e arruelas, e que esse mesmo padrão foi usado nas explosões na praça dos Três Poderes.
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